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Lançamento oficial de livro sobre James Bond, em São Paulo

8 abril 2003

Fonte: Press Release

Sexo, Glamour & BalasO lançamento oficial do livro Sexo, Glamour e Balas (formato 21 x 28 cm, 240 páginas, R$ 49,00) acontece no dia 12 de abril, no Espaço Cultural Comix (Alameda Jaú, 1998 - São Paulo/SP) às 14 horas, com a participação do autor, em tarde de autógrafos.

O livro do jornalista Eduardo Torelli expõe as motivações políticas e sociais que redundaram na criação de um dos maiores mitos da ficção: James Bond, o agente 007.

Criado no Pós-guerra, quando o "Império" britânico estava implicado em um galopante processo de "descolonização" (e era progressivamente eclipsado pelos EUA, que detinham o poder econômico e ideológico no bloco capitalista), o superagente James Bond está comemorando 50 anos.

Em uma esfera imaginária, o invencível 007 (nêmesis de supervilões como Dr. No, Goldfinger e Ernst Stavro Blofeld, sem mencionar as sinistras organizações SMERSH e S.P.E.C.T.R.E.) atenuou o impacto da "nova ordem social" sobre os súditos de Sua Majestade - os quais, em episódios de tensão em referência à Guerra Fria (como a Crise dos Mísseis em Cuba, ocorrida em 1962) representaram um papel secundário nas intrigas que redefiniam o destino do mundo. Embora, ao criar 007, a intenção básica de Ian Fleming (1908-1964) fosse apenas entreter, Bond acabou, inadvertidamente, tornando-se um mecanismo de compensação para o ego do leitor médio inglês.

Apresentado ao público na obra Cassino Royale, James Bond protagonizou doze romances de Fleming, além de duas coletâneas de contos (Somente Para Seus Olhos, de 1960, e Octopussy, postumamente publicada em 1966).

Leal, corajoso e anticomunista, o herói frustrou incríveis ameaças à Inglaterra, engendradas por um sem-número de gênios do mal; em O Foguete da Morte (1955), inviabilizou um ataque nuclear a Londres; em Goldfinger, impediu um bizarro roubo ao Fort Knox, evitando uma catástrofe econômica sem precedentes; e em Chantagem Atômica e A Serviço Secreto de Sua Majestade combateu uma pirataria à Bomba H e evitou uma guerra biológica contra a Inglaterra. Fantásticas em suas proposições e interpretações do cenário de Guerra Fria, as tramas de Bond também modernizaram as relações entre a novela de espionagem e a ficção científica.

A popularidade de Bond foi consideravelmente ampliada quando o herói migrou para o cinema, por obra dos produtores Albert "Cubby" Broccoli e Harry Saltzman - fundadores da EON Productions, que realizou todos os filmes oficiais de 007, a partir de 1962. A consolidação da cinessérie deu-se em 1964, ano em que foi lançado o longa-metragem sobre o personagem: 007 Contra Goldfinger, estrelado por Sean Connery. Na Europa e nos EUA, a fama de Bond equiparou-se à dos Beatles - outro fenômeno britânico surgido nos Swinging Sixties, que revolucionou a cena Pop do período.

Cinco décadas depois de seu nascimento, o célebre espião ainda intriga cinéfilos e pesquisadores, que se encantam com a invejável longevidade do mito. Nem a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria decretaram a aposentadoria do agente, que acaba de protagonizar um novo sucesso de bilheteria, recentemente exibido nos cinemas: 007 - Um Novo Dia Para Morrer.

Um desses pesquisadores é Eduardo Torelli, jornalista especializado nas áreas de cultura e variedades, que empreendeu um estudo de três anos centrado nos populares thrillers de Fleming e em suas versões cinematográficas com o propósito de elucidar as razões por trás do sucesso da saga 007. Em Sexo, Glamour e Balas, Torelli rastreia os eventos políticos e sociais que inspiraram os entrechos literários de Bond (o Nazismo, a Segunda Guerra Mundial, a revolução cubana etc.), estendendo a discussão aos tópicos ideológicos apresentados nos filmes (comumente apontados como "racistas" ou "xenófobos").

Ao longo de sua explanação, o autor constrói um informativo e minucioso perfil de James Bond, discutindo a relação do personagem com a moda, as mulheres, a música e a psicologia, já que 007 era uma versão superlativada de seu criador. "Descobri que era possível identificar nitidamente os principais eventos políticos ocorridos entre 1953 e 2003 por meio da leitura dos livros ou a apreciação dos filmes", ressalta o autor. "Aos poucos, o anticomunismo tacanho do herói passou a ser substituído por uma postura mais 'liberal', resultante da distensão, da Perestroika e da queda do Muro de Berlim, embora as características essenciais de Bond tenham sido mantidas".

A obra complementa-se com perfis dos homens que interpretaram o personagem no cinema (Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan), análises individuais de todos os romances e filmes de James Bond e um checklist das trilhas sonoras, obras literárias e filmes (nos formatos VHS e DVD) sobre o tema lançado em nosso país.

Sexo, Glamour e Balas é um lançamento da Opera Graphica.

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