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AMAZING SPIDER-MAN # 36

1 dezembro 2001

The Amazing Spider-Man #36Título: AMAZING SPIDER-MAN # 36 (Marvel Comics) - Revista Mensal (Inédito no Brasil)

Autores: J. Michael Straczynski (texto), John Romita Jr. (desenhos), Scott Hanna (arte-final) e Dan Kemp & Avalon Studios (cores)

Preço: US$ 2.25

Data de lançamento: Novembro de 2001

Sinopse: O Homem-Aranha participa dos eventos do dia 11 de setembro. É obrigado a lidar com as conseqüências da tragédia que ele e os outros heróis foram incapazes de evitar. Os Vingadores, o Quarteto Fantástico, os X-Men, todos estão lá, tentando ajudar as vítimas ou procurando corpos nos escombro.

Na última página, os super-heróis ficam em segundo plano, com os heróis do nosso dia-a-dia; bombeiros, policiais, paramédicos e todos as outras pessoas que prestam serviços essenciais e comunitários, situados bem à frente.

Positivo/Negativo: Um interlúdio nas histórias do Aranha, para fazer uma edição histórica de homenagem às pessoas envolvidas nos atentados de 11 de setembro, como já havíamos noticiado recentemente.

Já na capa, toda preta, apenas com o logo, se percebe que esta não é uma edição comum. Na primeira página, também toda preta, um comunicado anuncia a interrupção da programação normal para a apresentação de um boletim especial. Tem início a história.

A história em si tem poucos diálogos e se passa logo após a queda das torres gêmeas. Todo o texto é apresentado do ponto de vista do narrador, que é o Aranha. Na verdade, Peter Parker, o cidadão horrorizado, e não o super-herói mascarado.

Um trabalho muito difícil para J. Michael Straczynski, que conseguiu evitar a pieguice, para fazer um relato bastante direto dos temores e dúvidas do americano comum. A edição tem um tom emocional forte, e só dá uma escorregada na página 12, onde os vilões (Dr. Destino, Magneto e o Rei do Crime) observam de perto a catástrofe e lágrimas rolam dos olhos do terrível monarca da Latvéria! Fica difícil de engolir que justo ele estaria tão emocionado com a destruição de Nova York. Era melhor que esta cena tivesse ocorrido com o Rei, que durante anos foi a principal figura criminosa da cidade.

Mas não chega a comprometer a edição, que tem bons momentos, como a cena do Capitão América (que estava vivo durante o ataque japonês a Pearl Harbour e viveu para assistir a um ataque realmente covarde) observando perplexo a destruição no coração de Manhattan.

John Romita Jr. dá um show de arte e mostra que é um dos grandes desenhistas americanos da atualidade.

A edição, que deve ser particularmente emocionante para os americanos, saiu sem indicação de classificação etária.

Classificação:

4,0

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