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HISTÓRIAS REPENTINAS

1 dezembro 2005


Título: HISTÓRIAS REPENTINAS (Devir
Livraria
) - Edição especial
Autor: Laerte (roteiro e arte).

Preço: R$ 15,00

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Abril de 2002

Sinopse: Coletânea de histórias curtas e médias de Laerte, publicadas originalmente entre 1987 e 1990, em diversos títulos da Editora Circo.

Positivo/Negativo: Uma das grandes perdas provocadas pelo fechamento das revistas da Circo foi o desaparecimento das histórias curtas e médias do cartunista Laerte, como as publicadas neste álbum.

São sete clássicos criados por um autor que é, na opinião de muitos fãs, o mais completo quadrinhista em atividade no País. Crise, a primeira delas, saiu em Piratas do Tietê; A Insustentável Leveza do Ser e Como Caçar um Leão, na Circo; Lingerie, foi publicada na Geraldão e Os homens-pizza, Aquele Cara e Penas, na Chiclete com Banana.

Em todas, Laerte mescla o humor, ora sutil, ora escrachado, e o absurdo, que caracterizam seu estilo, em doses bem generosas. Nesses pequenos contos ilustrados pode-se apreciar a versatilidade do seu traço, que varia do completamente caricato, como na hilária Lingerie, à composição mais elaborada, como a perspectiva aérea no último quadrinho da história Penas.

Mas é como roteirista que Laerte revela um talento incomparável. A Insustentável Leveza do Ser é uma de suas melhores criações e já foi definida como "uma pequena obra-prima na arte narrativa", pelo estudioso Moacy Cirne, em seu livro História e Crítica do Quadrinho Brasileiro.

Nela, o autor exibe um perfeito domínio de tempo e ritmo, e cada ação leva a uma outra mais surpreendente até o antológico final. Feita em 1987, essa HQ antecipa em vários anos o argumento e a solução final do filme Show de Truman.

Em Histórias Repentinas ficaram faltando algumas outras jóias raras de Laerte, como O Poeta, da série Piratas do Tietê; pelo menos uma aventura dos Palhaços Mudos e O Episódio Final, uma sensível homenagem às histórias em quadrinhos. Mas talvez seja material para justificar um segundo, e mais que oportuno, novo álbum.

 

Classificação:

4,0

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