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NEW X-MEN #116

1 dezembro 2001

New X-Men #116Título: NEW X-MEN #116 (Marvel Comics) - Revista Mensal (Inédito no Brasil)

Autores: Grant Morrison (Argumento), Frank Quitely (desenhos), Mark Morales & Dan Green(arte-final) e Hi Fi Designs (Cores).

Preço: U$ 2.25

Data de lançamento: Agosto de 2001

Sinopse: Conclusão da saga E is for Extinction. Genosha foi dizimada. 16 milhões de mutantes, inclusive Magneto (será?), pereceram sob o ataque dos sentinelas.

O Fera e Jean Grey ajudam as equipes de busca e resgate. Ambos encontram Emma Frost, a antiga rainha branca, transformada (no que o Dr. Hank McCoy posteriormente chama de mutação secundária): sua pele virou um diamante orgânico.

A Dr. Cassandra Nova foi capturada e os X-Men decidem o que fazer. Ela não é humana, nem mutante. É um passo além. Um desses desvios da natureza que sugerem pra onde deve caminhar a evolução.

Ela escapa de sua prisão gravitacional e causa um verdadeiro caos, quase exterminando o grupo todo, numa espetacular e ousada seqüência.

Positivo/Negativo: Morrison explorou durante três edições o tema da evolução, nas mais diversas escalas.

Ele aborda desde o genocídio do Homo Neanderthal até o desenvolvimento do Homo Sapiens, para chegar às mudanças dos Sentinelas, que se adaptaram às mutações de seus alvos, e dos próprios mutantes (o Fera em New X-Men #114) e Emma frost nesta edição), até chegar numa aberração, o que segundo Morrison, biólogos e paleontólogos, muitas vezes, classificam como apenas uma tentativa da natureza de achar um caminho para a evolução.

A mudança é clara em relação aos autores anteriores. Morrison não explora apenas o microcosmo das personagens, mas também um universo maior, mais temático.

Nesta edição, os pontos mais controversos são a mutação de Emma Frost e a seqüência final, onde o Professor Xavier toma atitudes extremas.

A narrativa e os desenhos de Frank Quitely continuam a impressionar e o texto de Morrison também deve ser destacado pelas frases de efeito e pelo humor negro (durante estas três edições), particularmente nos diálogos de Emma Frost, Cassandra Nova e Wolverine.

Outra curiosidade é o nome da vilã. Cassandra, na mitologia grega, era uma das filhas do rei de Tróia e tinha o dom da profecia. Mas o deus Apolo fez com que ninguém acreditasse nelas. A palavra Nova vem do latim, e o significado é óbvio pra qualquer brasileiro (mas não para os americanos).

Mas existe um pequeno mistério que fica sem resposta, pelo menos por enquanto. Existiria algum tipo de relação entre Cassandra Nova com o Professor X? E porque eles são fisicamente tão parecidos? Até mesmo Wolverine pergunta isso.

Quanto a Grant Morrison, ele é um autor muito controverso, famoso por Asilo Arkham, Homem-Animal e outras obras. Mas parece que ele acertou o tom com os mutantes.

Uma coisa deve ficar clara, isto NÃO é uma obra-prima. É um bom exemplo do que deve pode feito com quadrinhos de super-heróis. Os X-Men, sem dúvida, merecem receber o prestígio que tinham nos tempos antigos, de Neil Adams e John Byrne por exemplo. E isso os autores estão conseguindo.

Classificação:

4,0

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