Em Vingadores Sombrios, Bendis realiza um trabalho primoroso. O roteirista cria um clima de suspense hitchcockiano, revelando a impotência da superequipe perante uma ameaça misteriosa e aparentemente muito mais poderosa do que Osborn e seus asseclas.

O autor carrega a trama com tons de angústia e impotência por parte do grupo, valendo-se de excelentes diálogos.

A impecável arte de Mike Deodato é ainda mais valorizada nos quadros inferiores das páginas 24 e 25, graças ao soberbo uso das cores preta, branca, vermelha e verde, que sintetizam de maneira ímpar a pequenez de Norman Osborn frente à ameaça que o afronta.

Em sua despedida de Thunderbolts, Andy Diggle realiza um desfecho insatisfatório, com muitas pontas soltas. O escritor não desvendou nem metade dos plots da trama, deixando seu trabalho incompleto, num uma edição bastante inferior às anteriores, com muita ação e violência, mas pouco brilho. A revelação da identidade do Carrasco é constrangedora, para dizer o mínimo (mais uma vez, mostra-se que a morte é apenas passageira nos quadrinhos de super-heróis).

Os desenhos de Mahn e Rodriguez são fracos demais, com uma flagrante falta de habilidade na ilustração de expressões faciais.

Guerreiros Secretos segue sua via crucis, com os protagonistas (Ares, Phobos e Nick Fury) enfrentando os únicos inimigos que podem destruí-los: um roteiro ruim e desenhos da pior qualidade.

A trama em si se resume à relação entre Ares e seu filho, mas a ridícula atmosfera dramática com a qual o obscuro Jonathan Hickman carrega o enredo é abaixo da crítica.