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Teatro do Pavor – Antologia

10 abril 2020

Teatro do Pavor – AntologiaEditora: Skript – Edição especial

Autores: Sol de prata – Marcel Bartholo;

Banquete – Amaury Filho;

Fogo – Alice Monstrinho;

Shh... – Ale Presser;

Anhangá ­– Igum D’Jorge;

Praga de sexta-feira santa – Aldo Solano;

Manaus Noir – Rapha Pinheiro;

O unhudo – Camilo Solano;

O monstro – Douglas Freitas (texto) e Roberth Santos (arte);

Atualização – Diego Moreau (roteiro) e Renata Aguiar (desenho);

Medo bruxólico – Manu Cunhas;

Aquele que cala – Kaol Porfirio;

A noite escura da alma – Thamy Adriana;

Participação especial de Gustavo Borges.

Preço: R$ 49,00

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2018

Sinopse

Teatro do Pavor é uma antologia de terror em quadrinhos brasileiros.

São 13 contos, cada qual com uma trama curta baseada em lendas, folclore e causos assombrosos que muitas vezes remetem às tradicionais histórias orais contadas à beira da cama, antes de dormir.

Positivo/Negativo

De cara, chama a atenção na revista que os contos de cada autor(a) não são separados por seções que apresentam os títulos das histórias e seus respectivos autores. O conjunto da obra se apresenta como se uma trama estivesse ligada à outra. A antologia reúne 13 HQs e uma participação especial de Gustavo Borges, com o Morte Crens.

Todas as narrativas têm o terror como premissa, e outras, como Anhangá, Unhudo e Manaus Noir, se apropriam de lendas e culturas folclóricas do nosso país.

Um dos destaques é O Monstro, de Douglas Freitas e Roberth Santos, que aborda a questão do abuso sexual de uma criança. É uma narrativa que mostra o lado obscuro vivido por muitas meninas e meninos por detrás de um silêncio imperceptível. O monstro do título não é uma imaginação ou ficção, mas uma realidade metaforizada que retrata o verdadeiro terror da infância.

Esta coletânea mostra o potencial criativo dos artistas brasileiros. Várias histórias surpreendem, como A noite escura da alma, pelo enredo de Thamy Adriana; e Banquete, de Amaury Filho, com uma arte com forte impacto visual.

O título da antologia remete à ideia de cada conto ser uma peça encenada em um ambiente bem conhecido. O palco, muitas vezes, é um lugar para onde nossa imaginação for capaz de conduzir.

Este foi o primeiro lançamento da Skript, que em pouco mais de um ano de mercado já tem uma produção respeitável. A editora vem apostando no financiamento coletivo, pela plataforma do Catarse, para viabilizar seus títulos. E tem se dado bem.

Em toda coletânea é comum haver uma oscilação no nível das histórias, mas nesta há um agradável equilíbrio. Bom trabalho de edição, com apenas uma troca de pronome (ele por ela) na página 34.

A revista tem capa cartonada, miolo preto e branco e, nas páginas finais, as biografias dos autores e um glossário das principais lendas do nosso folclore. Ótima iniciativa.

Classificação:

4,0

.

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