Super-Homem: vôos altos em 2001
A vida do Homem de Aço passará por momentos difíceis neste novo ano, e os escritores e editores planejam grandes novidades
O ano 2000 foi bem atípico para os títulos americanos do Super-Homem. A nova equipe criativa, liderada por Jeph Loeb e Joe Kelly, teve 12 meses ininterruptos para reerguer o personagem e tornar suas histórias mais atrativas. O saldo final acabou sendo positivo, com um aumento de vendas das revistas e bons comentários de fãs e da crítica especializada. Os pontos altos foram o evento Reign of the Joker (Reinado do Coringa) e a grande notícia da temporada: Lex Luthor é o novo presidente dos Estados Unidos.
O que mais poderia sacudir a vida do Homem de Aço depois disso? Quem achava que nada mais poderia acontecer, se enganou. A DC Comics preparou algumas surpresas, e 2001 começou com a nova origem do herói, mostrando que Krypton não era um mundo tão frio como se pensava. Em fevereiro, foi publicada a saga Return to Krypton, onde Clark e Lois voltam ao extinto planeta. No final deste arco de histórias, mais uma surpresa para os fãs: Krypto, o supercão, está de volta!
“Todos nós estávamos com saudades, e agora ele está de volta”, disse Eddie Berganza, editor das revistas do Super-Homem. “Mas ele é um cachorro, não é como o antigo Krypto, que pensava como um humano. Ele é um cão grande e superpoderoso, que vive quebrando tudo no apartamento de Lois e Clark. Também é muito protetor, quando se trata do casal, e pode morder forte alguém que tente machucá-los”. Krypto pode acabar indo viver com Superboy.
Mas um dos momentos que mais marcou o personagem neste início de ano aconteceu em Action Comics #775, escrita por Joe Kelly. Nela, uma nova equipe, chamada The Elite (a Elite, em português), surge para lutar contra o mal. O problema é que eles não se importam com as pessoas, nem hesitam se tiverem que matar alguém. O grupo foi claramente baseado em The Authority, uma das revistas mais elogiadas atualmente, publicada pela WildStorm (infelizmente, sem previsão de lançamento no Brasil).
O Super-Homem se vê no papel de impedir os novos “heróis”, e entra num dilema, colocando em questão seus ideais e suas crenças. “A solução da Elite para os problemas é ‘Vamos destruir tudo’; e isso é algo em que o Homem de Aço não acredita. O propósito dessa edição foi ele se perguntar se está ultrapassado para o mundo atual; e a história mostrou que ele não está”, explicou Berganza.
Essa nova equipe já rendeu frutos no Universo DC, e o líder deles, Manchester Black, voltará no meio do ano como o líder do novo Esquadrão Suicida, a equipe comandada pelo governo americano. Levando em consideração que o novo presidente é Lex Luthor, as coisas não devem ficar nada boas.
Ainda no meio do ano, outros acontecimentos abalarão a vida do herói. O evento Our Worlds At War (Nossos Mundos em Guerra, em português) mostrará Lord Imperiex (primeira aparição em Superman #1, publicado pela Editora Abril) voltando sua fúria contra a Terra, que se juntará a outros planetas, inclusive Apokolips – planeta governado por Darkseid -, para lutar contra essa ameaça.
“Nós já vimos as habilidades táticas de Luthor, que, agora, as usará para o bem. Ele quer entrar para a história como o presidente que salvou o mundo. A nova tecnologia de Metrópolis (publicado no Brasil em Superman #6, pela Editora Abril) trabalhará sob suas ordens. Agora, Luthor é o `chefe’ do Super-Homem. O que acontecerá quando o Homem de Aço receber ordens para matar?”, questiona Berganza. “Essa guerra significará mortos e feridos no Universo DC, inclusive alguém próximo ao Super-Homem”.
E ele completa: “Nós estaremos analisando algumas alternativas, chegando, até mesmo, a tirar o seu ponto de equilíbrio, os seus pais. Já notou como quando sempre que há dificuldades, o Super-Homem sempre volta ao lar, mesmo que por um pequeno período? Com a batalha, não poderá fazer isso. Ele será um homem diferente, assustado, pelo que verá na guerra. O personagem será testado novamente”.
Essa última declaração de Berganza pegou alguns leitores de surpresa, e boatos sobre a morte de seus pais já circulam pela internet. No entanto, isso parece pouco provável de acontecer.
Outra modificação nas histórias será o comportamento de Lois Lane. Ela passará a ter um papel mais importante na vida de seu marido, fazendo coisas que ele não faria, como contatar Batman para ele invadir a Casa Branca e roubar o anel de Kryptonita. “Super-Homem se oporia a isso, porque Luthor é o presidente. Lois e Batman não têm essa preocupação”, explica o editor.
Ela também convocará Superboy, Supermoça e o Aço para ajudarem o herói Kryptoniano a lidar com um inimigo, ainda não revelado por Berganza. “Vamos fazer da Lois uma pessoa mais ativa. Será mais do que apenas uma esposa”.
Tudo isso só chegará ao Brasil em 2002. Para os fãs mais ansiosos, as aventuras podem ser encomendadas em sua comic shop preferida. Mas, até isso chegar por aqui, a Abril publicará muitas coisas que agitarão a vida do personagem, desde uma infecção mortal, passando pelo retorno do Bizarro, até sua prisão no Asilo Arkham e o domínio do mundo pelo Coringa!
Enquanto você espera, fique de olho nas novidades que o Universo HQ estará trazendo até você!
Samir Naliato não ficou impressionado com Luthor ter sido eleito presidente dos Estados Unidos. Afinal, por aqui nós já temos Eurico Miranda, Paulo Maluf, Juiz Lalau e outros, que colocam o careca-mor de Metrópolis no chinelo, coitado. Esses, sim, deixariam o Homem de Aço de cabelos em pé!