O retorno do Sindicato do Crime ao Universo DC
Aviso aos leitores: este artigo lida com fatos recentes do Universo DC, divulgados na mídia norte-americana, que ainda são inéditos no Brasil. Por isso, aborda acontecimentos que certamente podem prejudicar o prazer de sua leitura no futuro.
Em Justice League # 23, lançada nos Estados Unidos no último dia 28 de agosto, a saga Trinity War chegou ao final. Ela colocou as três equipes de heróis (Liga da Justiça, Liga da Justiça da América e Liga da Justiça Dark) uma contra a outra, enquanto tentavam impedir Pandora de se apoderar da misteriosa caixa sobrenatural que podia conter todo o mal existente.
Pandora é a personagem que surgiu no final da saga Ponto de Ignição, criou o novo Universo DC e ocasionou o reboot da cronologia da editora, em 2011.
O desfecho da história traz consequências para os heróis. Superman foi envenenado com kryptonita e Ciborgue vê o seu aparato mecânico – que o salvou da morte após o ataque de Darkseid logo na primeira aventura da nova Liga da Justiça – se rebelar e separar-se de seu corpo, deixando-o à beira da morte.
Mas a maior consequência do confronto foi a liberação da Caixa de Pandora. De acordo com a mitologia grega, Pandora foi a primeira mulher criada por Zeus. Por curiosidade, ela abriu o frasco que continha todos os males do mundo, liberando-os.
Aqui, a DC se utiliza da mitologia, adaptando-a ao seu universo de super-heróis. Descobre-se que a caixa é, na verdade, um artefato tecnológico parecido com as caixas maternas e que acaba criando um portal para outra dimensão, abrindo passagem para a chegada do Sindicato do Crime, que faz a sua estreia no reformulado universo ficcional da editora. O novo sindicato vem da Terra-3 do novo multiverso, onde as coisas são contrárias às que todos estão acostumados a ver.
O Sindicato foi criado em 1964, por Gardner Fox e Mike Sekowsky, na revista Justice League of America # 29. O grupo de vilões é formado por versões malignas da Liga da Justiça: Ultraman (Superman), Superwoman (Mulher-Maravilha), Coruja (Batman), Johnny Quick (Flash) e Anel Energético (Lanterna Verde). A equipe do universo Novos 52 inclui ainda Deathstorm (Nuclear) e uma versão feminina de Eléktron.
Os vilões vêm de uma realidade paralela, na qual o mal prevalece e eles são os donos do mundo. Em contrapartida, nessa Terra alternativa, os personagens malignos do universo tradicional são heróis. Como Lex Luthor.
A chegada dos vilões dará início ao primeiro grande crossover após o reboot da DC: Forever Evil. Em setembro, todas as revistas serão renomeadas com nomes de vilões.
Justice League # 23 tem roteiros de Geoff Johns e desenhos do brasileiro Ivan Reis.