Angelo Agostini fomentou no Brasil a produção de jornais satíricos, tendo como referência alguns dos melhores exemplares franceses e ingleses (La Caricature, Le Charivari, The Comic Magazine, Punch), os quais eram recheados de caricaturas e charges.

A partir de 1864, ele criou diversos desses jornais e começou a introduzir em suas páginas histórias com desenhos em sequência, emoldurados em requadros, com textos sob os desenhos, estreladas por personagens que se tornaram icônicos: Nhô-Quim (1869) e Zé Caipora (1884).

Antes do Nhô-Quim, é possível citar como personagens precursores das histórias em quadrinhos o suíço M. Vieux-Bois, de Rodolphe Töpffer, e os encapetados Max und Moritz, do alemão Wilhem Busch.

As tirinhas e as histórias em quadrinhos, primeiramente publicadas de forma seriada nos jornais europeus, norte-americanos e brasileiros, passaram a ser impressas em um suporte próprio, e assim as revistas em quadrinhos foram ganhando seu espaço nas bancas.

De lá pra cá, diversas editoras especializadas em histórias em quadrinhos foram criadas. No Brasil, não foi diferente. Tivemos períodos áureos de produção e com destaque para os artistas nacionais.

Por isso, a terceira edição da HQ Zone (Praia Shopping, Natal/RN) pretende contar um pouco dessa história dos quadrinhos, numa exposição que resgata alguns tesouros da arte sequencial.

Dentre os artistas locais, haverá participação da dupla Eudetenis (ganhadora do Grand Prix do Silent Manga Audition 2017), e oficinas gratuitas, como produção de toy art, origami e artesanato com material reciclado. Duas palestras completam o evento: Filatelia e Quadrinhos, e Saúde e Qualidade de vida para nerds.

As oficinas e palestras são gratuitas, para até 20 pessoas a partir dos 12 anos de idade, e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail m.galactica@hotmail.com ou com Milena Azevedo, no Praia Shopping, no horário das 16h30min às 21h.