Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Entrevistas

Will Conrad, dos fanzines para o mercado internacional

30 julho 2015

Em entrevista concedida ao Universo HQ, o desenhista brasileiro Will Conrad fala de seu amadurecimento como artista e suas experiências desde os fanzines até trabalhos para grandes editoras norte-americanas, como DC, Marvel e Dark Horse.

 

Membro da segunda onda de desenhistas brasileiros que invadiu o mercado dos quadrinhos norte-americano, Vilmar Conrado, mais conhecido como Will Conrad, vem, de maneira constante e relativamente discreta – como todo bom mineiro – conquistando um espaço cada vez maior junto a editores e fãs da nona arte.

Via Skype, o Universo HQ conversou com Will para falar a respeito de diversas questões, como o desafio de começar e se manter no concorrido mercado dos Estados Unidos, a importância das agências de representação nisso, seu começo como arte-finalista antes de se tornar uma das principais estrelas da Dark Horse, suas parcerias com os brasileiros Mike Deodato Jr. e Cliff Richards e como foi a experiência de trabalhar com Stan “The Man” Lee.

A íntegra dessa conversa você confere abaixo.

Will Conrad

Universo HQ: Como você começou nos quadrinhos?

Will Conrad: Olha, essa é uma pergunta meio complicada de responder porque, na verdade, tem várias fases diferentes. Comecei mesmo nos quadrinhos como leitor, quando eu era muito pequeno. Estava aprendendo a ler e gostava de pegar os quadrinhos da Turma da Mônica. Depois, ficava lendo aqueles contos de terror.

Interessei-me por desenho muito cedo também, tentava desenhar igual, eu via nas histórias, e fui me enveredando pelo mundo dos quadrinhos. Com o tempo, comecei a ter interesse pela mídia. Comecei a estudar técnicas de narrativa e fazer fanzine, no qual criava histórias de duas ou três páginas, por conta própria.

Depois, mais tarde, quando já trabalhava com ilustração, é que eu descobri que tinha uma empresa em São Paulo que agenciava e gerenciava artistas para os Estados Unidos e comecei a mandar testes para eles. Fiquei conhecendo o David (Nota do UHQ: David Campiti, fundador e CEO da Glass House Graphics, agência especializada em representar artistas de quadrinhos brasileiros junto às editoras no exterior, especialmente Estados Unidos e Europa) e mandei testes para ele. Logo passei a pegar trabalhos pequenos.

Acho que isso foi por volta de 1999 ou 2000. Foi quando comecei a mandar testes. Em 2001, peguei a primeira revista para fazer. Eu arte-finalizava metade de cada edição, junto com o Joe Pimentel (Nota do UHQ: arte-finalista brasileiro), de Buffy - The Vampire Slayer para a Dark Horse. A partir de então, fui pegando mais projetos mais importantes e melhorando o traço.

UHQ: Qual foi a importância de ter uma agência que o representasse junto às editoras americanas no começo de sua carreira?

Conrad: A importância maior foi o fato de que isso me ajudou a adequar meu traço especificamente para o mercado americano. Como eu trabalhava com ilustração, o meu traço era apropriado para esse mercado, mas ele não era o que o mercado de lá estava comprando na época. Então eu fui fazendo testes, adequando meu traço para chegar dentro daquilo que eles procuravam.

Outra vantagem foi o fato de que havia vários outros desenhistas que eu admiro até hoje trabalhando para a agência e eu tive a oportunidade de conhecer esses caras e arte-finalizar vários trabalhos deles. Isso me ajudou a aprender muita coisa em termos de técnica e narrativa, fora as amizades que eu acabei fazendo. 

UHQ: Você aconselharia aos artistas iniciantes procurar agências para dar essa orientação e cuidar das partes burocráticas que envolvem seu trabalho, como os pagamentos, por exemplo?

Conrad: Sim, claro. Com certeza.

Will ConradBuffy - The Vampire Slayer # 51

UHQ: Muitos iniciantes ambicionam já começar trabalhando nas grandes editoras – Marvel e DC, prioritariamente – sem antes passar pelas menores. O que você diria para esses artistas?

Conrad: Olha, o que acontece é o seguinte: eu não posso dizer que isso é uma coisa que nunca vai acontecer, de já entrar no mercado trabalhando para a Marvel ou para a DC, porque isso acontece, às vezes. Não posso falar que isso nunca acontece porque já aconteceu.

Mas o que eu posso dizer é que a probabilidade de isso acontecer é muito pequena, por vários motivos. O primeiro é que normalmente a pessoa que está começando não tem o mesmo ritmo de produção que um profissional já estabelecido no mercado tem. Ela não tem o reconhecimento do mercado ainda e tem algumas questões de técnica que só se pega com o tempo.

Assim, sendo bastante realista, muitos deles ainda não estão no nível técnico que as editoras exigem. Então, o interessante seria não descartar essa ideia, mas começar subindo passo a passo, sabe? Subindo degrau por degrau.

Pegar editoras pequenas, mesmo que paguem pouco, e usar esse período como aprendizado. Quer dizer, você estará recebendo uma grana para aprender. E você vai criar sua metodologia de trabalho, adquirir ritmo de produção, começar a aprender novas técnicas, refinar o seu trabalho. Então esse tempo é bem legal para quem está começando. Na medida em que estão publicando, mesmo nas editoras pequenas, eles estão criando um portfólio que podem apresentar às editoras maiores.

UHQ: Quais os aspectos, além do talento, você acha que são fundamentais para que um profissional de quadrinhos brasileiro consiga vencer no mercado americano?

Conrad: Olha, eu acho que para qualquer profissional – não só o brasileiro – de quadrinhos ou ilustração, é o seguinte: eu costumo brincar que talento são 30%, os outros 70% são de muito trabalho. O cara que não tem talento e trabalha e se dedica muito, vai chegar aos 70%, mas nunca vai ser do primeiro escalão dos desenhistas, dos artistas mais renomados.

Mas se ele tiver só talento também não vai adiantar nada, porque não desenvolverá sua técnica e este é um mercado que exige demais. São muitos prazos a cumprir e, muitas vezes, bem apertados. Então, não adianta ter só o talento, é preciso se dedicar para crescer como profissional e para se manter como um.

Às vezes, a pessoa tem um talento absurdo, do tipo que o editor vai bater o olho e adorar o trabalho. Mas esse primeiro trabalho também será seu último, porque não entregará no prazo, não se comunicará com o editor...

Enfim, mesmo com talento é preciso ter alguns conhecimentos e refinar o trabalho para chegar ao nível dos melhores.

Homem Aranha – Entre TrovõesStormwatch # 16

UHQ: Vamos falar um pouco sobre sua carreira. Você começou trabalhando como arte-finalista de Buffy - The Vampire Slayer, da Dark Horse. Após, algum tempo, assumiu a função de desenhista. Como foi esse processo de transição?

Conrad: Bom, na verdade, o que aconteceu foi o seguinte: quando eu estava mandando testes, e como eu já trabalhava com ilustração, eu tinha que arte-finalizar meu próprio trabalho. O meu estilo de desenho ainda exigia alguma adequação ao mercado, mas o meu nível de arte-final, meu trabalho com pincel, pena, caneta etc. já estava em um nível que o mercado poderia absorver.

A minha intenção sempre foi desenhar, sempre foi ser o desenhista principal, fazer o lápis e a narrativa. Então, o que eu fiz? Para entrar no mercado eu comecei a fazer arte-final pegando metade das edições da Buffy com o Pimentel, mas sempre com o objetivo de melhorar como desenhista.

Paralelo ao trabalho de arte-final, eu estudava as técnicas não só dos artistas que estava arte-finalizando, como também de outros que eu admirava. Eu trabalhei quase quatro anos como arte-finalista, mas continuava mandando testes de lápis.

O meu primeiro trabalho de lápis, se não me engano, foi para uma história do Rob Zombie’s Spookshow. Muito, muito fraquinha, mas usei isso para aprender. Meu primeiro trabalho mesmo, como desenhista, fazendo lápis, foi justamente para a Marvel, numa história da Elektra (Nota do UHQ: no arco Prophet & Loss, publicado em Elektra # 29 a # 31, entre novembro 2003 e janeiro 2004). Na verdade, foi até uma infelicidade muito grande porque fiz um trabalho bem detalhado e quando eu vi o trabalho arte-finalizado... não vou mencionar quem arte-finalizou. O cara é bom, mas o estilo dele não batia com meu. Era muito, muito diferente.

Meu estilo de lápis exige uma arte-final mais solta, feita com pincel, e ele usou uma caneta técnica e mudou completamente o traço da história, distorceu os rostos, ficou muito ruim. Mas foi uma experiência interessante. Depois disso, eu comecei a pegar outros trabalhos menores, até voltar para a Dark Horse fazendo o desenho principal.  

UHQ: Você já trabalhou para a Dynamite, Marvel, DC e há quase dois anos está de volta à Dark Horse, trabalhando novamente em uma criação de Joss Whedon (Angel & Faith). Como foi essa “volta para casa”?

Conrad: Foi legal. Na verdade, o pessoal da Dark Horse já vinha tentando me trazer de volta havia muito tempo. Eles ficaram uns quatro anos tentando me levar de volta para a editora. Por fim, eu estava em um evento na Argentina e o hoje editor-chefe Scott Allie também estava lá. Nós sentamos e conversamos, ele me fez algumas propostas, incluindo voltar a trabalhar com o Joss Whedon.

Achei interessante e, como eu estava terminando meu contrato com a DC na época, aceitei voltar porque era um momento legal para isso.  Tem sido bom, o trabalho está sendo muito bem aceito, o pessoal está gostando e tem umas coisas bem interessantes vindo por aí.  Vamos esperar para ver.

Angel & Faith # 8Will Conrad

UHQ: Existe alguma diferença entre trabalhar para a Dark Horse e para uma editora menor, como a Dynamite? Quais seriam as principais vantagens e desvantagens de se trabalhar em cada uma delas?

Conrad: Olha, na verdade, a diferença existe de editora para editora, mas a minha metodologia de trabalho é a mesma. O mesmo que eu me dedicarei para a Dynamite, eu me dedicarei para a Marvel, DC, Dark Horse ou outra.

As diferenças maiores vêm em alguns aspectos. O primeiro deles, obviamente, é o orçamento. O orçamento de uma editora menor será mais baixo do que o de uma maior. Outra diferença, ainda nessa questão do pagamento, é que, normalmente, as editoras maiores têm um cronograma de pagamento mais rápido, mais ágil. Isso ajuda.

Fora a questão da visibilidade. Você tem uma visibilidade maior quando está em uma editora maior. E, assim, de editora para editora você tem algumas variações, como a linha editorial, o nível de liberdade criativa...

Eu me sinto confortável trabalhando com a Dark Horse justamente por isso, eu já tenho uma intimidade com os editores e eles me permitem fazer certas coisas que eu não poderia, por exemplo, na Marvel, na DC ou na Dynamite.

Diferença no meu cronograma de trabalho, especificamente, não tem. As diferenças maiores são essas questões da linha editorial, a sua exposição como artista e como profissional e sua liberdade de criação.

UHQ: Quando você começou sua carreira, um dos desenhistas com os quais trabalhou como arte-finalista foi o brasileiro Cliff Richards. Recentemente, houve algumas ocasiões em que você e Cliff dividiram créditos em edições de Angel & Faith e de Nightwing (Asa Noturna). Como funciona esse processo? Cabe a vocês entrarem em acordo sobre quem fará qual sequência de páginas? Vocês se comunicam durante o trabalho para que a arte fique a mais homogênea possível dentro do estilo de cada um ou isso cabe inteiramente ao editor?

Conrad: Na verdade, o que acontece é que, muitas vezes, recebemos o roteiro atrasado por algum motivo, como o desenhista adoecer ou a própria linha editorial exigir que a edição seja adiantada por algum motivo qualquer. Muitas vezes, hoje, no estágio em que estou na minha carreira, eu normalmente sou o desenhista principal da edição na qual estou trabalhando. Eu era o desenhista principal de Nightwing, estou sendo o desenhista principal de Angel & Faith etc.

Então, o que acontece é que muitas vezes eles falam “Ah, nós vamos precisar lhe dar um tempo para que você possa pegar mais na frente outro arco de histórias e queremos adiantar essas edições. Queremos colocar outro desenhista para lhe dar um tempo no cronograma”.

Aí, eles normalmente me pedem sugestões. Como eu gosto muito do Cliff, nosso estilo casa bem, ele é um cara que eu acho extremamente confiável e é um amigo meu, eu sempre o indico. Desde que o cronograma dele, o calendário dele, permita, claro.

E, volto a dizer, como já tenho um nível de confiança dos editores, na maioria das vezes eles acatam minha sugestão. Então, é até comum muitas vezes que algum desenhista que eu precise para entrar e ajudar em alguma coisa seja o Cliff, justamente por isso.

Eu o indico, pergunto para ele antes se o cronograma dele está OK. E ele é um desenhista extremamente rápido, então, às vezes, ele fala que dá para pegar. Então ligo para os editores e eles concordam. Quando isso acontece, se precisar passar para ele alguma referência, sempre nos comunicamos nesse aspecto. Às vezes, tem uma página que eu desenhei que vai influenciar uma coisa que ele esteja fazendo, daí eu passo para ele a referência para que os estilos tenham uma coerência.

Nightwing # 24Angel & Faith # 6

UHQ: Quando você e Mike Deodato Jr. trabalharam juntos em edições dos Vingadores, na Marvel, o processo funcionava da mesma maneira?

Conrad: Mesma coisa, mas aí já foi o contrário. Eu estava desenhando, se não me engano, X-Men, na época, e estava bem adiantado no meu cronograma. E como consigo fazer um estilo que se aproxima um pouco com o que o Deodato faz, não sei exatamente o que aconteceu que deu uma atrasada lá na edição e eles já conheciam meu trabalho, sabiam que eu tinha a possibilidade de fazer um estilo que casasse com o dele.

Eles perguntaram ao Deodato “E aí, estamos querendo colocar o Will para fazer algumas páginas porque ele está adiantado no trabalho dele”. O Deodato concordou e eles me colocaram. Mas aí trocamos referências, eu entrava em contato com ele se precisasse de alguma informação etc.

UHQ: À exceção do seu período na Marvel e na DC, a maior parte dos seus trabalhos permanece inédita no Brasil. Isso é algo que o incomoda? 

Conrad: Seria bom se todos os trabalhos estivessem disponíveis aqui no Brasil. Afinal, é onde eu moro. Mas, assim, eu não sei dizer bem, porque na verdade isso não influencia muito no que eu faço. Eu não me preocupo muito se as pessoas sabem quem eu sou ou se conhecem meu trabalho. Agora, seria legal, eu ficaria bem feliz se esses trabalhos saíssem aqui, como esse que eu estou fazendo para a Dark Horse. Mas, enfim, fazemos o que podemos (risos).  

UHQ: Alguns desenhistas costumam trocar ideias com o escritor a respeito dos roteiros com os quais trabalham. Você costuma fazer isso?

Conrad: Sim, sempre que possível.

UHQ: Como é a reação dos roteiristas em geral a suas ideias? Algum deles já ficou incomodado por causa disso?

Conrad: Não. Existem roteiristas de todos os tipos, assim como existem artistas de todos os tipos. Eu, como regra geral, sempre tenho uma relação muito boa com os roteiristas com os quais trabalho. Já houve um ou outro caso em que tive problemas com o roteiro porque ele não fazia sentido, visualmente falando, e aí eu, como colaborador artístico, como colaborador em criação, sugeri algumas pequenas mudanças em termos de narrativa, sem mudar diálogos, e já aconteceu de um roteirista ficar irritado, não aceitar de jeito nenhum.

Na verdade, eu estava tentando corrigir alguns erros visuais e de narrativa e o roteirista tomou aquilo como pessoal. E eu nunca faço de chegar e mudar. Eu sempre pergunto para o editor:“Olha eu acho que não está funcionando por isso, por isso e por isso. Eu coloquei essas alterações. Você concorda? Se não concordar eu sigo o original sem problemas”. E o cara ficou com raiva. Vai entender, né? (risos)

Mas já aconteceu, ainda que não seja comum. Normalmente, eu tenho uma relação muito boa com os roteiristas.  

X-Men # 28X-Men # 29

UHQ: Você e o escritor Victor Gischler trabalharam juntos em X-Men, pela Marvel, e agora repetem a parceria em Angel & Faith. É melhor ou pior trabalhar com um roteirista com o qual você já está acostumado? Por quê?

Conrad: É bem melhor. É muito melhor. Se eu já tive uma experiência agradável com o roteirista no passado. É muito legal trabalhar com o cara de novo porque eu já conheço o estilo de escrita, já conheço a forma de ele fazer o roteiro.

Ele, por sua vez, já conhece a minha forma de fazer layouts e minha forma de narrativa. Então, é muito legal. Se foi uma experiência positiva no passado, com certeza vai ser uma experiência positiva da outra vez em que eu trabalhar com ele.

UHQ: Já há algum projeto em vista para você após seu período em Angel & Faith, que você possa nos contar? Quase todo desenhista com quem conversamos sempre tem um projeto próprio no qual tem vontade de trabalhar. Você se encaixa nessa categoria? Se sim, há algo que possa nos contar sobre seu projeto?

Conrad: Estou estudando algumas possibilidades de fazer um trabalho mais autoral, mas não há nada confirmado, ainda está em período de negociação, de conversa com os editores.

Mas, fora isso, a Dark Horse até me mandou um e-mail falando que já estavam vendo se eu iria continuar Angel & Faith, se eu faria alguma coisa diferente. Eles têm a intenção de me manter lá, mas também já tenho tido alguns contatos com a DC e com a Marvel. Então, como ainda tenho umas cinco edições para fazer, não estou pensando muito nisso, estou me concentrando mais em fazer um bom trabalho para terminar essa temporada na qual estou trabalhando e, quando estiver mais próximo de terminar meu contrato, aí sim me preocupar mais com o que virá pela frente.

UHQ: Finalmente, há alguns anos você teve a oportunidade e trabalhou com Stan Lee em um dos projetos dele. Como foi essa experiência e qual sua sensação em desenhar um gibi escrito por uma lenda viva dos quadrinhos?

Conrad: Foi bem legal. Eu havia feito uma das capas propostas para o programa Who Wants to be a Superhero, que ele apresentava, e o vencedor teria uma história de seu personagem escrita pelo Stan Lee. De todos os artistas disponíveis, ele acabou me escolhendo para trabalhar com ele, tivemos a oportunidade de interagirmos várias vezes por telefone e e-mail e, posteriormente, estive ao lado dele autografando a revista que fizemos juntos.

Uma das minhas maiores realizações é ter podido conhecer e me relacionar com algumas das pessoas que sempre admirei e, com o Stan Lee, foi um desses momentos de realização pessoal e profissional.

UHQ: Will, gostaríamos de agradecê-lo pelo seu tempo. Por favor, use esse espaço para deixar uma mensagem para os leitores do Universo HQ.

Conrad: Agradeço pelo convite e pelas perguntas! O que posso dizer para os leitores do Universo HQ é que espero que continuem lendo quadrinhos e apreciando o trabalho que todos os artistas brasileiros vêm fazendo no mercado nacional e internacional.

Sem os leitores, os quadrinhos não existiriam, e é por causa de vocês que passamos tantas horas diante da prancheta e dedicamos tanto tempo e esforço para aprimorar nosso trabalho a cada página desenhada. E para aqueles que gostam e almejam se tornar profissionais de quadrinhos, espero que continuem se dedicando e melhorando a cada dia. A cada geração de novos artistas e roteiristas, vejo o quanto o mercado está se enriquecendo de novos talentos e incríveis profissionais.

Um grande abraço!

Who Wants to be a SuperheroStan Lee

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