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Autores: Prólogo da destruição - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Eddy Barrows (desenhos e arte-final), Dan Green, Rodney Ramos (arte-final) e David Baron (cores); III Guerra Mundial - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Justiniano (desenhos), Walden Wong (arte-final) e Alex Sinclair (cores); Voltando pra casa - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Bennett (desenhos), Jack Jadson, Belardino Brabo (arte-final) e David Baron (cores); Um ano corrido - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Mike McKone, Justiniano, Eddy Barrows, Chris Batista, Patrick Olliffe, Darick Robertson (desenhos), Andy Lanning, Walden Wong, Drew Geraci, Rodney Ramos (arte-final), Darick Robertson (desenhos e arte-final), Alex Sinclair, Hi-Fi e David Baron (cores); A origem da Liga da Justiça - Mark Waid (texto), Ivan Reis (desenhos), Oclair Albert (arte-final) e Alex Sinclair (cores). Preço: R$ 8,00 Número de páginas: 112 Data de lançamento: Julho de 2008 Sinopse: O ataque de Adão Negro acaba dando origem à III Guerra Mundial. Mas, com o seu desfecho, o mundo parece se aproximar da normalidade mais uma vez. No entanto, na medida em que os heróis desaparecidos voltam para casa, um mistério sobre o novo Multiverso ocupa as mentes de Gladiador Dourado e do viajante temporal Rip Hunter. E ainda: a origem da Liga da Justiça. Positivo/Negativo: 52 começou como um projeto ousado e arriscado - uma série semanal em tempo real (ao menos, nos Estados Unidos) protagonizada pelo segundo escalão do Universo DC, escrita a oito mãos e traçada por um pool de artistas. Além disso, foi concebida como uma série independente, sem correlação direta com quase nenhum outro título, porque se passa em um ano que foi pulado pela cronologia convencional especialmente para abrir espaço para o projeto. A série chega ao fim como uma experiência bem-sucedida - tanto que deu origem a outra história nos mesmos moldes, Contagem Regressiva, que a Panini lança já neste mês. Os méritos devem ser divididos: eles são editoriais, porque tudo correu bem, com pontualidade, mas também artísticos. Afinal, apesar de um ou outro solavanco, 52 foi marcada por uma regularidade pouco comum nas aventuras de super-heróis. A série, no final das contas, não rendeu nenhuma obra-prima. Mas funcionou: por 52 semanas (ou, no Brasil, 13 meses), foi capaz de render uma leitura divertida. No mundo dos super-heróis, é bastante coisa. Esta edição, que traz a conclusão da saga, se divide em duas partes. A primeira ocupa as três primeiras histórias - e dá conta de fechar as pontas soltas dos plots, interligando a minissérie com o evento Um ano depois, publicado pela mesma Panini nas revistas de linha do segundo semestre do ano passado. A outra parte é a última aventura, que tem mais páginas que o normal (daí o aumento do número de páginas totais e do preço desta última edição). Nela, se vê Gladiador Dourado e Rip Hunter voltando para o momento cronológico do final de Crise Infinita para desvendar o que aconteceu com o Universo DC. O desfecho aponta para a solução de algumas mixórdias vistas nas revistas de linha nos últimos meses, mas não chega a ser bombástico - ao menos para os leitores razoavelmente atento às pistas espalhadas pelos roteiristas. Aliás, todo o fim de 52 tem a previsibilidade como marca - afinal, seu desfecho foi justamente o ponto de partida das revistas de linha depois de Crise Infinita. Em vez de buscar uma solução retumbante, os roteiristas optaram por uma saída mais simples, e provavelmente mais correta: a de obedecer aos seus planos para a própria obra e aos meandros do Universo DC com rigidez. Sem maluquices gratuitas de última hora, 52 é um projeto que deu certo. Nasceu datado, com seu timing peculiar e seu propósito bem fechado de restabelecer o Multiverso DC com 52 versões do planeta Terra. Ao atingir seus objetivos, pode ser descartada: e é a própria minissérie que abre os ganchos para as suas sucessoras. Portanto, é bom reforçar que 52 também cumpre outro papel: o de redimir a cronologia dos universos de super-heróis. Nos últimos anos, se tornou cada vez mais comum culpar a continuidade das histórias pela ruindade das tramas, esquecendo que essa interligação é um dos aspectos mais interessantes das HQs. Mas 52, apesar de profundamente arraigada à cronologia DC, se deu bem, justamente porque galgou o fato de os heróis ocuparem o mesmo espaço-tempo. Quando bem utilizada, afinal, a cronologia pode ser um elemento importante na construção de boas aventuras. Contudo, é preciso uma dose extra de zelo ao se utilizar o recurso da A história é uma versão estendida do capítulo 50 da minissérie. Por isso, cairia bem uma nota, um alerta, um aviso editorial qualquer - se não para a editora vender um punhado de revistas a mais, ao menos por respeito ao pobre leitor que não sabe a ordem correta de leitura. Sem esses cuidados, que são pequenos e até podem soar bobos, a cronologia vira um fardo. E estraga até mesmo a diversão de se ler um projeto marcado pela boa levada de 52. Classificação: |
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