Título: 52 # 9 (Panini
Comics) - Minissérie mensal em 13 edições

Autores: A época mais maravilhosa do ano - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Prado, Tom Derenick (desenhos), Jay Leisten, Rodney Ramos (arte-final) e Dave Baron (cores);

Tendências suicidas - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Joe Bennett (desenhos), Ruy Jose, (arte-final) e David Baron (cores);

Chuva de super-homens - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Phil Jimenez e Dan Jurgens (desenhos), Andy Lanning, Norm Rapmund (arte-final) e Hi-Fi (cores);

Como vencer uma guerra no espaço - Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid (texto), Keith Giffen (esboços), Jamal Igle (desenhos), Keith Champagne (arte-final) e David Baron (cores);

A origem do Besouro Azul - Mark Waid (texto), Cullie Hamner (arte) e Alex Sinclair (cores);

A origem do Caçador de Marte - Mark Waid (texto), Tom Mandrake (arte) e Alex Sinclair (cores);

A origem de Zatanna - Mark Waid (texto) e Brian Bolland (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2008

Sinopse: O fim do ano chegou no Universo DC, mas isso não quer dizer que o ritmo vai diminuir. Muito pelo contrário.

Adão Negro, disposto a ajudar o jovem cunhado superpoderoso a entrar nos Novos Titãs, resolveu mostrar à humanidade que também é gente. Num evento, a recém-formada família Adão Negro pronuncia suas palavras mágicas e se revela humana. Mas a fraqueza recém exposta vai ser explorada pelo novo Esquadrão Suicida, de novo comandado por Amanda Waller.

Em Metrópolis, sobra também para Clark Kent, que é torturado por asseclas de Lex Luthor em busca da identidade de Supernova.

No espaço, Lobo trai Estelar,Homem-Animal e Adam Strange.

Mas é na Terra, na virada de ano, que se vê o golpe mais cruel: em um lance obscuro, Luthor cancela os poderes dos metas agraciados pelo projeto Homem Comum - e provoca uma chuva de super-homens e, portanto, um massacre.

E mais: as origens do novo Besouro Azul, de Zatanna e do Caçador de Marte.

Positivo/Negativo: A nona edição de 52 traz, pelo menos, duas cenas inesquecíveis.

Uma delas é a chuva de ex-superpoderosos promovida por Lex Luthor. É um momento marcante, de uma crueldade ímpar. Seria impactante por si só até mesmo em um título com mais tradição em chocar, como Authority. Mas, no epicentro do Universo DC, um massacre de supostos heróis dessa magnitude é inédito.

A agressão não é gratuita para a trama. Pela primeira vez, os propósitos de Luthor em 52 ficam claros. O ataque serve como carta de intenções do vilão da série: quando Lex ataca, é para valer.

O mesmo raciocínio vale para as agências governamentais subterrâneas da DC, como o Esquadrão Suicida de Amanda Waller. O golpe que aplica em Adão Negro é perigoso, ainda mais quando se olha a conjuntura em que o personagem vive. Ele é uma bomba-relógio, e a provocação dificilmente passará batida.

Mesmo sem levar em conta as conseqüências posteriores, a cena em que Adão Negro Júnior mata Persuasor, atravessando o corpo do vilão e o partindo em dois, é chocante. Só fica atenuada porque, na edição brasileira, convive na mesma revista com o massacre de Luthor. Mas, sozinha, não passaria incólume.

Apesar do ritmo industrial semanal, a minissérie chama atenção também como um belo projeto editorial. Alterna artistas, mas faz um trabalho visual coerente e quase uniforme. A trama, mesmo envolvendo uma dezena de núcleos de personagens, flui que é uma beleza.

De quebra, há as origens dos personagens escritas por Waid e desenhadas por artistas ligados aos heróis. Nesta edição, se destacam o novo Besouro Azul, que a Panini ainda não trouxe para o Brasil, e Zatanna, desenhada pelo brilhante Brian Bolland.

No fim das contas, esta é uma edição de 52 em que as coisas voltam a esquentar. E é pra valer. Não são só as duas tragédias que chacoalham a série. Asa Noturna está de retorna à ativa, Clark Kent é torturado por Luthor, alguns personagens morrem (e outros estão quase lá) e até o grupinho paradão do espaço sideral começa a se mexer. Poucas séries conseguem ser tão empolgantes.

Classificação:
- Eduardo Nasi

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