6º Salão Lisboa de Banda Desenhada apostou nas HQs autorais
Terminou
no dia 5 de junho, o 6º
Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada. O tema do evento
foi Entropia, associando-se assim ,de alguma forma, às comemorações
do ano internacional da Física. O festival teve como país convidado a
Finlândia, que foi representada por sete exposições.
A grande aposta do evento foi nos quadrinhos autorais, mais experimentais e alternativos. Mereceram destaque os trabalhos da mostra coletiva Le Dernier Cri (Marselha, França), nas obras das duplas Emanuel Guibert e Didier Lefèvre (Le Fotographe), Max Andersson e Lars Sjunnesson (Cão Capacho Bósnio), Helge Reuman e Xavier Robel (Elvis Studio) ou Gigi e Gigi (Ich liebe dich, du liebst mich nicht).
Outras contribuições interessantes para a exploração do tema Entropia partiu dos portugueses Luís Lázaro (LL-90-01), José Carlos Fernandes (A Última Obra-Prima de Aaron Slobodj), Pedro Zamith (Feedback - Retorno) e dos finalistas de 2005 do curso de ilustração e BD da Ar.Co (Evento Letal, variações em torno da morte, "estado de entropia máxima").
Este núcleo foi completado com a exposição As minhas primeiras 80 mil palavras: dicionário ilustrado, da editora espanhola Media Vaca.
Dessa forma, o evento conseguiu seu objetivo principal: divulgar os quadrinhos de países poucos conhecidos, sendo que alguns autores estarão presentes no festival.
O salão deste ano se encerrou com "chave de ouro" com a exposição Guido Buzzelli: Visões de um Visionário, do italiano Guido Buzzelli (1927-1992), composta por desenhos, telas e HQs inéditas. A mostra ficará no Palácio Galveias até o dia 3 de julho.
Além das exposições, o 6º Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada teve uma programação variada, que incluiu debates, cinema de animação, lançamentos de livros, animação infanto-juvenil, feira de fanzines, visitas guiadas e um workshop de serigrafia.