7 VIDAS - A AVENTURA DE UMA PESSOA EM SEUS PASSADOS
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Autores: André Diniz (texto) e Antonio Eder (arte). Preço: R$ 26,00 Número de páginas: 128 Data de lançamento: Julho de 2009 Sinopse: Em um momento bastante conturbado de sua vida, o roteirista André Diniz resolve fazer terapia de vidas passadas. Nas sessões, Diniz vê lembranças perdidas de figuras como um religioso italiano, um órfão peruano e um empresário gaúcho. Na vida real, fatos esquecidos começam a ressurgir. Positivo/Negativo: Não há nada, a não ser a fé de cada um, que indique que se possa levar a sério a reencarnação e a terapia de vidas passadas. Mas 7 Vidas, novo álbum de André Diniz e Antonio Eder, tem como tema justamente o processo terapêutico de seu roteirista. É uma daquelas HQs autobiográficas, em que o autor narra (ou romanceia) suas próprias experiências. E como fica isso? Bem, a questão sobre a seriedade do tratamento fica em aberto. Isso mesmo: Diniz não fecha questão. Nas páginas 17 e 18, a terapeuta responsável pelo tratamento diz que mesmo quem não acredita na terapia pode ter benefícios. Afinal, verdade ou embuste, ela seria uma forma de lidar com o inconsciente. Essa dualidade - mesmo que o leitor seja cético e que ela fique restrita apenas ao autor - é a maior das forças motrizes de 7 Vidas. Afinal, é essa dualidade que conduz o enredo, que deixa dúvidas a respeito do que está acontecendo e sobre o que vai rolar ao longo da trama. É ela também que, encerrado o álbum, deixa o leitor intrigado com o que Diniz narrou. Se não pela força exotérica (ou esotérica) da terapia, ao menos pela intensidade com que o inconsciente e a memória se manifestam. Afinal, foi sem nenhuma terapia duvidosa que Marcel Proust mergulhou nas memórias provocadas por uma insossa Madeleine em Em busca do tempo perdido. Por isso, 7 Vidas é interessantíssimo. Diniz, retratado com o estilo cartunesco de Eder, mergulha em algo que não se sabe o que é - mas que é essencialmente ele mesmo. Ao acompanhar o autor na descida das escadarias da primeira página do álbum, o leitor entra no inconsciente do criador - e isso que importa e fascina. Lá, ele vê não só arquétipos, mas o pai, os brinquedos e o que importa de verdade na vida do artista. Classificação: |
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