75 anos de quadrinhos do Tarzan
No
dia 7 de janeiro de 1929, foram publicados os primeiros quadrinhos de
Tarzan, pela mão de Hal (Harold) Foster. As tiras foram realizadas para
distribuição da Metropolitan Newspaper Syndicate, numa série de
60 trabalhos até o dia 16 de março daquele ano.
O sucesso foi imediato, e as primeiras tiras diárias do Tarzan começaram
a ser publicados por jornais americanos já em 17 de junho de 1929, com
desenhos de Rex Maxon, que passou logo depois a realizar também especiais
dominicais. O criador do personagem de romance Tarzan - Edgar Rice Burroughs
- não gostava do trabalho de Maxon. Assim, Tarzan voltou a ser desenhado
por Hal Foster, em setembro de 1931.
Os apreciadores da Nona Arte tiveram então a oportunidade de acompanhar
a série pelo magistral quadrinhista até 1937, quando Foster passou a se
dedicar integralmente à sua maior criação: o Príncipe Valente.
A obra de Burroughs teve uma seqüência muito feliz, em termos de desenho:
quem sucedeu Foster foi Burne Hogarth, o desenhista mais conhecido de
Tarzan, que manteve a autoria da série até 1945. Outros que tiveram destaque
com o personagem, posteriormente, foram Russ Manning e Joe Kubert.
No
Brasil, o Rei das Selvas teve a maioria de seus álbuns e histórias em
quadrinhos publicados pela Editora Ebal.
Tarzan foi criado em 1912, pelo escritor Edgar Rice Burroughs: o título
da primeira novela foi Tarzan of the Apes (Tarzan dos Macacos).
No total, Burroughs escreveu 29 títulos de seu personagem único. A trajetória
da criação literária é curiosa: apesar da imensa popularidade do personagem
e da unanimidade da crítica de literatura sobre as qualidades literárias
de Burroughs, ele não ocupa o mesmo espaço de outros belos criadores que
a inteligência americana legou à humanidade, como John Steinbeck ou William
Falkner, para citar apenas dois autores que também primam pela originalidade.
Por coincidência, em março de 2004, foram comemorados 70 anos do filme
de Tarzan que teve os maiores aplausos de público e crítica: Tarzan
and his Mate, com Johnny Weissmuller no papel título e Maureen O'Sullivan
como Jane. O filme foi realizado pela Metro Goldwyn Mayer.
Registro: a data teria passado em branco, não fosse a lembrança do jornal
hispano La Opinión, de Sacramento, California, cuja coluna Ecos
del ayer, de Ramón Inclán, foi o gancho para desenvolver esta nota.