A realidade dos seringueiros da Amazônia na graphic novel Mapinguari
No final de 2021, a editora FTD Educação, em parceria com a ONG WWF-Brasil, lançou Mapinguari (formato 20,5 × 27,5 cm, 160 páginas, capa cartonada, R$ 45,00), uma graphic novel escrita por André Miranda e desenhada por Gabriel Goés.
A edição está à venda no site da editora e nas livrarias.
A história narra as descobertas de um jovem no coração da floresta e aborda temas importantes como proteção ambiental, folclore e cultura indígena. José tem um dilema e tanto: o emprego que abraçou como projeto de vida ameaça a comunidade onde vive a sua família, no Seringal Santo Antônio, interior do Acre, onde os seringueiros são assediados por negociantes de terras da empresa onde o protagonista trabalha, na capital Rio Branco.
Ao retornar ao seu povoado natal, depois de anos longe de casa, José descobre a história de sua família e os valores locais - o folclore, o movimento seringalista, a cultura indígena e as riquezas da floresta amazônica. Numa narrativa conduzida sobre a fina linha que separa realidade, mito e sonho, o ser lendário Mapinguari simboliza os mistérios inapreensíveis pela marcha do progresso que incendeia a mata.
O parceria visa defender a harmonia entre o ser humano e o planeta por meio da literatura e chamar a atenção para temas importantes da realidade da floresta amazônica.
O livro apresenta dois posfácios para aprofundar a leitura. Em um deles, Ciro Inácio Marcondes, doutor em comunicação e editor do blog Raio Laser, especializado em quadrinhos, faz uma análise ampla da obra, localizando-a na tradição do quadrinho brasileiro.