A volta da Satiricon, 30 anos depois
A Satiricon, antológica revista que revolucionou o traço de humor
na Argentina nos anos 70, acaba de ganhar uma edição especial: o Anuário
2005, ou Libro de Oro, que dá início a uma nova fase de publicação.
O Libro de Oro traz, em 180 páginas, reproduções das primeiras
capas e alguns anúncios publicitários e artigos daquela fase, da qual
participaram inúmeros ilustradores: Landrú, Oski, Caloi, Brascó, Carlos
Trillo (que voltou a ter um álbum publicado na Argentina, este mês), Garaycochea,
Mario Mactas, Carlos Ulanovsky, Dante Panzeri, César Bruto, Jorge Guinzburg,
Alejandro Dolina e Rolando Hanglin, entre outros. Oskar Blotta (filho)
e Andrés Cascioli eram seus diretores.
A Sati, como os argentinos a chamam, na verdade, teve uma vida
totalmente atribulada pela censura, e foi relançada três vezes depois
do primeiro número, em 1972, até a data do encerramento de suas atividades,
em 1976.
Oskar e Carlos Blotta, a partir da publicação do Anuário, anunciam
a quarta retomada da revista, com um humor bastante diferente daquele
que foi necessário nos anos de resistência à ditadura. Além da parte de
resgate da antiga Satiricon, a revista traz um tributo a Oscar
Blotta (pai), uma homenagem ao ilustrador Crist (do Clarin), e
contribuições de vários caricaturistas e chargistas, a começar pelo próprio
Andrés Cascioli. A lista se completa com trabalhos de Liniers (criador
do Macanudo que é publicado no La Nación), Gabriel García, Peni,
Walter Gastaldo, Silvia Pardo, a dupla Miguel Gruskoin e Pablo Mir, Kripto,
Silvia Pardo e Orlando Barone.
Esperemos que a nova Satiricon tenha melhor acolhida dos leitores
argentinos do que o nosso O Pasquim, que foi relançado e acabou
não conseguindo se manter economicamente.
Para manter contato com os editores, o e-mail é satiriconclub@speedy.com.ar.