A
revista BoDoï 111, de outubro, traz como destaque de capa a volta
da série Zoo, do roteirista francês Philippe Bonifay, com arte
do belga Frank Pé.

O terceiro e último volume, publicado pela Dupuis
pelo selo Aire Libre, deverá chegar às livrarias em novembro.

Na entrevista de quatro páginas, os autores falam sobre a série, os problemas
de produção, o enorme atraso do último álbum, dos personagens e do enredo,
e das influências teatrais de Bonifay.

Outro artigo interessante fala do problema que as livrarias franco-belgas
enfrentam atualmente: o espaço. Um problema que os leitores e colecionadores
brasileiros conhecem bem. É uma verdadeira asfixia devido ao volume de
lançamentos. Existe material demais para exibir e por isso está
ficando difícil manter um grande estoque de séries antigas.

Como a maior parte dos livros tem entre 42 e 72 páginas e quase tudo em
capa dura no formato álbum, é fácil imaginar o enorme espaço físico ocupado
para oferecer ao público coleções completas de XIII (atualmente
com 17 volumes), Tintim (24 álbuns fora os especiais), Asterix
(33 volumes), Largo Winch (15 álbuns), Corto Maltese
(16 volumes), isso só para citar os mais famosos, e sem falar dos mangás.
Agora some a isso mais de 200 lançamentos por mês e você passa a ter uma
idéia do problema.

O novo álbum de Thorgal, de Yves Sente e Grzegorz Rosinski e
a série Sigfried, com roteiros e desenhos de Alex Alice, baseada
livremente na terceira parte da quadrilogia do compositor alemão Richard
Wagner, O Anel dos Nibelungos, também são destaques da revista.

A coluna Comics World Tour fala sobre o atual estado dos quadrinhos
na Itália, particularmente da produção da Disney e da
Bonelli.

Completam a revista resenhas, lançamentos e 60 páginas de quadrinhos,
com trechos do terceiro volume de Zoo: Je Suis Legion #3,
de Fabien Nury e John Cassaday e Les Enfers, de Jean Dufaux e Paolo
Serpieri.