Aquablue
(48 páginas, R$ 5,90), mais um título do selo Golconda, linha européia
da Ediouro Quadrinhos, está nas bancas.
Série mensal, a saga francesa mescla aventura e ficção científica, com uma generosa de reflexão política sobre o imperialismo e exploração neoliberal. Criada em 1988 pelo roteirista Thierry Cailleteau, com assistência de seu parceiro, o desenhista Olivier Vatine, Aquablue foi premiada no Festival Internacional de Angoulême (Prix Alph'Art Jeunesse), em 1989.

Misto de Tarzan, Alain Delon e James Dean, o rebelde Nao é o herói do planeta Aquablue. Órfão protegido por uma babá andróide, ele vai se transformar numa espécie de menino-deus ao cair em uma esfera formada por selvagens oceanos.

Ao crescer naquela hostil região, o menino aprende um valor que a sofisticada civilização tecnocrática da qual é fruto esqueceu: na natureza, o homem cordialmente doutrinado vira um forte. Lá, só os fortes resistem às bocarras dos monstros marinhos.

No entanto, a paz do planeta e a segurança da comunidade são ameaçadas com a chegada de mais terrestres. Eles representam um poderoso grupo chamado TEXEC. Desejam criar um complexo industrial em Aquablue, causando um desequilíbrio ecológico que acarretará uma era glacial.

Em meio à luta para salvar seu novo lar, Nao terá um papel determinante: ele é detentor de uma herança misteriosa e possui uma forte ligação com o mais poderoso habitante daquele mundo. Ele se une, então, ao povo, que se organiza para reconquistar o que é seu. Paralelamente, ele descobre aos poucos os segredos escondidos no fundo do oceano e conquista novos aliados.