As conseqüências de uma América anti-belicista
Mais
do que uma trama inusitada, um verdadeiro exercício de imaginação. É o
que se pode dizer de Liberality for All, nova HQ da ACC
Studios.
Criada e escrita por Mike Mackey e com desenhos de Donny Lin, a série
se passa no ano 2021, em que Chelsea Clinton (filha do ex-presidente Bill
Clinton) governa os Estados Unidos e Osama Bin Laden discursa como embaixador
em uma ONU corrupta, conduzida pelo presidente francês Jacques Chirac,
simpatizante do terrorista.
A série tem início com um trio de super-heróis ciborgues tentando evitar
que Bin Laden detone armas nucleares em Nova York, no dia do vigésimo
aniversário do fatídico 11 de setembro de 2001. O ataque é uma "cortesia"
de Uday, filho de Saddam Hussein.
Todo
esse futuro alternativo toma forma no ano 2000, quando Al Gore vence as
eleições presidenciais dos EUA e dá início a um governo liberal que não
invadiu o Iraque e muito menos destronou o então ditador daquele país.
Dessa forma, a HQ imagina as conseqüências de não ter havido a Guerra
do Iraque e do suposto perigo de uma política anti-belicista. É uma visão
polêmica que vai de encontro ao pensamento corrente, hoje, na opinião
pública norte-americana.
Dessa forma, a série, que ainda vai estrear nas comic shops no
próximo mês, já está sendo tema de debates até mesmo fora do círculo dos
fãs de quadrinhos, com direito a matéria no jornal Boston Globe
e discussões em programas de rádio.
Mas a verdade é que a publicidade em torno do lançamento está sendo tão
significativa, que o site de pré-venda
da HQ atingiu a marca de mais de 500 mil visitantes nos últimos dois meses.
Nada mau para uma primeira edição que, a princípio, terá apenas 10 mil
cópias impressas.