Assoprando velinhas: os 75 anos do Pateta
Era
2 de maio de 1932, quando o curta-metragem de animação Mickey's Revue
estreou nas matinês dos cinemas dos Estados Unidos, apresentando um personagem
coadjuvante atrapalhado, desengonçado e com uma risada diferente e engraçada
que agradou de imediato. Seu nome era Dippy Dawg e ele estava predestinado
a se tornar uma das mais divertidas criações de Walt Disney.
Hoje, exatamente 75 anos depois daquela estréia marcante, o cachorro antropomorfizado
que passou a se chamar Goofy, participou de quase 100 desenhos animados
- muitos dos quais estrelados apenas por ele - e virou figura fácil de
encontrar nos quadrinhos Disney produzidos em diversos países.
No Brasil, o personagem ganhou o inconfundível nome de Pateta.
Ao lado do inseparável amigo Mickey Mouse, ou ainda defendendo a lei e
a ordem na pele de seu alter ego heróico, o Superpateta, ele protagonizou
inesquecíveis histórias em quadrinhos que o colocaram no panteão dos grandes
personagens da Disney.
Não é à toa que a série Pateta Faz História, apenas para citar
um entre centenas de exemplos, é considerada um clássico dos quadrinhos
em todos os tempos e já foi republicada diversas vezes em vários países,
incluindo o Brasil - onde Pateta já foi título de gibi por duas vezes,
nas décadas de 1980 e 2000.
Atualmente, assim como muitos dos nomes clássicos da galeria Disney,
Pateta não goza do mesmo prestígio de outrora. Mas, ainda assim, continua
aparecendo em poucas, mas apreciadas histórias em quadrinhos reeditadas
ou inéditas, para a alegria dos veteranos fãs do personagem.
E para comemorar essa data histórica, a Editora Abril prestará
uma justa homenagem ao Pateta em uma edição ainda não confirmada da revista
Aventuras Disney.
Fossem outros tempos, o melhor amigo do camundongo Mickey ganharia uma
edição especial dedicada somente a ele. Mas até que ainda ser lembrado
em uma época com tantos concorrentes mais jovens não é nada mau para esse
velho cão de 75 anos.