Asterix contra o Coronavírus, mas não como você imagina
Em 2017, foi lançado o álbum Asterix e a Transitálica, a 37ª aventura do herói gaulês criado por René Goscinny e Albert Uderzo (ainda inédito no Brasil).
A história ocorre na Itália, onde Asterix e Obelix participam de uma corrida de bigas e enfrentam o vilão Coronavírus, um corredor mascarado, e seu comparsa Bacilus.
O nome do vilão não gerou comentários na época do lançamento, mas com a grave epidemia do recente Coronavírus – ou Covid-19 (sigla em inglês para Coronavírus Disease 2019, ou em português, doença respiratória aguda por 2019-nCoV) – na Itália, este ano, muita gente se surpreendeu com essa “premonição”.
Coronavírus são um grupo de vírus conhecidos desde os meados da década de 1960. Além do Covid-19, outras duas doenças desse grupo são: síndrome respiratória aguda grave (geralmente abreviada SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome) e MERS, síndrome respiratória do Oriente Médio (do inglês Middle East Respiratory Syndrome). Houve uma grande epidemia de SARS em 2002 e 2003; e uma outra epidemia de MERS, em 2014.
Portanto, com a popularização desse termo em virtude de diversas epidemias, não é de se estranhar que os autores brincaram com a palavra coronavírus, para dar nome ao principal inimigo de Asterix nessa HQ.
A Itália é o país europeu com o maior número de casos do Covid-19 até o momento, 1.835, com 52 mortes registradas. A maioria dos casos está concentrada nas regiões da Lombardia e Veneto – embora existam casos em quase todas as regiões do país –, onde as autoridades puseram em quarentena 50 mil pessoas em 11 municipalidades.
Até o momento, mais de 70 países já registaram casos de Covid-19, totalizando mais de 85 mil casos, com mais de 2.900 mortes. No Brasil, existem dois casos confirmados até o momento.
Asterix e a Transitálica (Astérix et la Transitalique) foi escrita por Jean-Yves Ferri, com arte de Didier Conrad e com supervisão de Albert Uderzo.