Título: AVANTE, VINGADORES! # 11 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Fugitivos - Brian K. Vaughan (roteiro) e Mike Norton
(desenhos);
Fugitivos e Jovens Vingadores - Guerra Civil - Zeb Wellis (roteiro)
e Stefano Caselli (arte);
Heróis de Aluguel - Jimmy Palmiotti, Justin Gray (roteiro), Billy
Tucci, Francis Portela e Tom Palmer (arte);
Mulher-Hulk - Dan Slott (roteiro) e Rick Burchett (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2007
Sinopse: Fugitivos - Enquanto o grupo tenta deter um novo
monstro a solta na cidade, Chase vai atrás dos patronos místicos do Orgulho.
Fugitivos e Jovens Vingadores - Guerra Civil - Em um violento ataque,
Noh-Varr, o misterioso agente do diretor do Cubo, incapacita os dois jovens
grupos e rapta alguns dos seus membros.
Mulher-Hulk - Convocada pelo tribunal vivo, Jen terá que ser uma
observadora imparcial no julgamento de Eros em Titã.
Heróis de Aluguel - Misty convence o Homem de Ferro a deixar seu
grupo tentar conversar com o Capitão América e seus renegados para buscar
uma solução pacífica.
Positivo/Negativo: É triste quando uma história que tinha tudo
para ser legal, como Fugitivos e Jovens Vingadores - Guerra Civil,
se revela um grande clichê. A trama segue à risca a fórmula dos encontros
entre super-heróis. Agora, depois que brigaram entre si, foram derrotados
por um inimigo em comum e terão que se unir.
A arte de Stefano Caselli também não ajuda muito. Apesar do traço bem
executado, é nítida a dificuldade do artista em entender e representar
a idade correta dos personagens - os visuais estão bem estranhos, principalmente
para os fãs de Fugitivos.
Para não dizer que nada se salva, a luta entre os dois grupos e o tal
Noh-Varr é legal. Principalmente as quatro primeiras páginas, que o mostram
mentalizando os movimentos e agindo como se nada mais estivesse à sua
volta.
Heróis de Aluguel se mantém como um bom acréscimo ao mix. Continuando
a linha de uma HQ despretensiosa de ação, mesclando combates, humor e
personagens peculiares, não tem muito como errar. Principalmente quando
se usa um desenhista que combina com o estilo.
O único porém vem da política da Marvel de "tomar partido" na Guerra.
Na maioria das revistas fica claro que a editora tem sua posição e que,
apesar dos dois lados serem compostos de heróis, o grupo pró-registro
é "mau" e os rebeldes são "bons". Na edição passada, parecia que Heróis
de Aluguel conseguiria fugir disso e ser um bom exemplo de heróis
registrados, mas, no final, vemos que não. Como sempre, é o grupo pró-registro
que se vale dos piores métodos, inclusive infiltrar traidores dentro das
linhas adversárias.
À parte da Guerra Civil e suas picuinhas, ainda há Fugitivos
e Mulher-Hulk. Fugitivos, como sempre, se destaca pela arte
expressiva de Norton. Aliás, o visual diferenciado e os personagens cativantes
garantem que a revista seja uma boa leitura, mesmo estando naqueles momentos
em que parece que nada está acontecendo porque o roteirista tem que acertar
os elementos para desenvolver sua trama.
Mas o grande destaque é Mulher-Hulk. Não a personagem em si, que
é quase uma coadjuvante nesta edição, mas pela idéia do Slott de mexer
com os Titãs da Marvel. Retomando aquela história de Jennifer ter
sido escolhida como uma das representantes do Tribunal Vivo, ela é mandada
para Titã para garantir que julgamento de Eros seja justo e não haja favorecimentos.
Até aí, nada demais. A grande sacada, depois da presença sempre impagável
de Pip, o Troll, é o depoimento de Thanos, sobre a infância dele e de
Eros. A idéia de que, para ajudar Thanos a superar um trauma, Eros o fez
se apaixonar pela Morte, transformando-o no que é hoje, é ótima. É um
daqueles conceitos simples, funcionais e que se encaixam perfeitamente
na história dos personagens.
Classificação:
- Zé Oliboni, responsável
pelo Pop Balões
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