Banco Santander é condenado a pagar indenização a Ziraldo
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quebra de um contrato firmado em 2004 com o cartunista Ziraldo, o Banco
Santander Banespa e a agência McCann Erickson Publicidade foram
condenados a pagar ao artista uma indenização no valor de R$ 800 mil.
Segundo o processo judicial, a personagem Supermãe, que seria utilizada em ações promocionais pelo prazo inicial de 24 meses, foi descartada pelo banco depois que uma pesquisa de mercado revelou que o público-alvo da instituição financeira não se identificava com aquele cartum.
"Realmente, é inegável o direito do réu em revogar a sua proposta. Todavia, cabe-lhe arcar com as conseqüências, reparando os autores", afirmou em sua sentença a juíza Andréa Gonçalves Duarte, da 47ª Vara Cível do Rio de Janeiro.
Ziraldo receberia R$ 650 mil pela liberação do uso da Supermãe, e mais R$ 150 mil para criar um banco de imagens e produzir uma revista em quadrinhos com a personagem. Os trabalhos já haviam sido finalizados quando o contrato foi cancelado pelo banco.
O cartunista ainda gastou exatos R$ 2.532,02 com postagens de correspondências e passagens aéreas, dos quais deverá ser ressarcido em sua totalidade, de acordo com o que profere a sentença.