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BATMAN # 62

14 agosto 2008

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BATMAN # 62
Título: BATMAN # 62 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Grotesko - John Ostrander (texto), Tom Mandrake (arte) e Nathan Eyring (cores);

Regras de Compromisso - Andy Diggle (texto), Whilce Portacio (desenhos), Richard Friend (arte-final) e I.L.L. (cores);

Alvos - Marv Wolfman (texto), Dan Jurgens (desenhos), Norm Rapmund (arte-final) e Moose Baumann (cores);

A volta do Dr. Phosphorus - Royal McGraw (texto), Marcos Marz (desenhos), Luciana Del Negro (arte-final) e John Kalisz (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: Grotesko - Há alguns anos, Bruce Wayne teve encontros com Amina, uma médica irmã de um pesquisador de um equipamento de cirurgia remota. Agora, depois da morte do rapaz, a garota passou a receber ameaças da máfia russa, enquanto Grotesko, um justiceiro violento, surge em Gotham.

Regras de Compromisso - Batman tenta invadir as instalações de Lex Luthor com um jato supertecnológico.

Alvos - Asa Noturna está no rastro do novo Predador.

A volta do Dr. Phosphorus - O velho vilão incendiário retorna a Gotham, e Alfred tem a receita para que Batman possa detê-lo.

Positivo/Negativo: Poucos meses depois da estréia dos novos times criativos de Batman, Paul Dini e Grant Morrison não escrevem nesta edição. Os dois são, juntamente com o ilustrador Andy Kubert, os maiores nomes da nova fase da revista, que tinha melhorado a olhos vistos.

No lugar de Morrison, entra o veterano John Ostrander, ilustrado pelo velho colega Tom Mandrake, que ocupa a vaga de Kubert. A dupla não decepciona. Apesar de alguns clichês, a trama é complexa e seus muitos elementos foram inseridos harmoniosamente em pouco mais de 20 páginas. O resultado é competente, correto, mas sem nada demais.

A substituição temporária de Paul Dini também é interessante. Royal McGraw, Marcos Marz e Luciana Del Negro contam uma história aos moldes dos antigos filmes de terror. Não é só Dr. Phosphorus que tem nome de vilão clássico do cinema. A arte sombria também emula os velhos cartazes de desenhos realistas o tempo todo.

As duas histórias são discretas. Não são geniais, o que é complicado de fazer em edições tapa-buraco como estas. Mas ao menos valem uma olhada.

Parece pouco, mas a própria revista traz uma HQ que mostra que essa não é uma norma rígida nos quadrinhos de super-heróis. Regras de compromisso é uma tentativa de Andy Diggle fazer um Batman mais tecnológico, utilizando os recursos de sua bilionária WayneTech. Em tese, o roteiro até funciona.

O problema é a arte: Whilce Portacio é ruim de dar dó. Seu Batman usa um penico no lugar do capuz. Visto de perfil, parece o Homem-Orca. Não é implicância; é fato. Se fosse para pegar no pé, seria melhor apontar o desenho em que o herói aparenta ter apenas quatro dedos na mão. Mas nem precisa. Até chegar lá, o leitor já estará convencido de que é o Batman mais feio de todos os tempos.

Mas nem tudo está perdido. Para quem acompanha Batman com assiduidade, Asa Noturna é quase uma dádiva. Não que a história de Marv Wolfman esteja fora de série. Por enquanto, a trama central está em construção, e a série se limita a apenas "correta". Mas, perto do antecessor, Bruce Jones, a melhora é monstruosa, ainda mais porque vem reforçada com a arte competente (embora eternamente sem sal) de Dan Jurgens. Afinal, você sabe: quando se trata de quadrinhos de super-heróis, não ser ruim já é ótimo.

Classificação:
- Eduardo Nasi

 


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