BATMAN # 63
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Autores: Grotesko - John Ostrander (texto), Tom Mandrake (arte) e Nathan Eyring (cores); Regras de Compromisso - Andy Diggle (texto), Whilce Portacio (desenhos), Richard Friend (arte-final) e I.L.L. (cores); Alvos - Marv Wolfman (texto), Dan Jurgens (desenhos), Norm Rapmund (arte-final) e Os Hories (cores). Preço: R$ 6,90 Número de páginas: 96 Data de lançamento: Fevereiro de 2008 Sinopse: Grotesko - Envolto com a máfia russa, Batman vai em busca de Grotesko. Regras de Compromisso - O confronto final entre Batman e Lex Luthor. Alvos - Enterrado vivo, Asa Noturna precisa se libertar. Positivo/Negativo: Batman vem passando por uma boa fase: liderada por Grant Morrison e Paul Dini, a revista tem respondido bem à união de dois autores consagrados com artistas competentes. Nos últimos meses, depois de um longo período de mediocridade, a publicação da Panini tornou-se uma opção decente de quadrinhos de super-heróis nas bancas. Esta edição, contudo, é uma exceção. E das ruins. Por coincidência, Dini e Morrison abriram espaço para substitutos ao mesmo tempo, num intervalo que já começou no número anterior. A qualidade decaiu no ato. A ausência dos dois é ocupada por duas partes do arco Grotesko, em que os veteranos John Ostrander e Tom Mandrake falam sobre a máfia russa em Gotham. O roteiro é tão insosso e dispensável quanto um tapa-buracos costuma ser, o que já não é lá muito bom. O problema maior, porém, está na arte. Um dos recursos mais usuais de Batman é usar sombras, fumaça e a indefectível capa pontiaguda para se disfarçar dos bandidos nos becos de Gotham. Mandrake aprendeu a lição com o super-herói: usa os mesmos elementos para esconder seu traço, fruto de um trabalho pouco caprichado e nada inspirado. O pouco que se sobressai é feio: ângulos mal escolhidos, expressões faciais fracas e até capa com ombreiras pontiagudas. Fraquíssimo. Os defeitos de Mandrake não são nada perto dos inúmeros problemas que gritam na arte da história seguinte, o desfecho da famigerada Regras de Compromisso. O arco de Batman Confidencial trouxe Portacio do limbo dos anos 90 apenas para comprovar que cair no ostracismo foi a melhor coisa que o artista já fez pelos quadrinhos. A proposta do roteirista Andy Diggle de contar as origens tecnológicas do Homem-Morcego até poderia ser bacana, mas é simplesmente devastada pelo traço pífio, com erros grosseiros. Um exemplo é a própria capa reproduzida no miolo da edição, em que a perspectiva vertiginosa dá espaço a uma nítida distorção. As bizarrices não param por aí. Nas mãos de Portacio, como as edições anteriores já tinham demonstrado, Lex Luthor é um baixinho magrelo e Batman, um baixinho parrudo e cabeçudo. O mais inusitado, porém, é a rede com arpões arremessada por um robô: ela é capaz de furar uma parede inteira, mas mal arranha o herói. Quem acaba com a inglória tarefa de salvar a revista é Asa Noturna. Tudo bem que as histórias do personagem melhoraram desde que Marv Wolfman substituiu Bruce Jones, mas ainda não estão com essa bola toda. O time criativo está entrando em contradição: Jurgens é um desenhista notoriamente solar. Seu traço claro e objetivo não combina com a trajetória sombria que Wolfman já começou a traçar. Apesar de tudo, cortar Batman da lista de compras por conta desta edição pode ser uma precipitação. Com a volta dos titulares e o fim de Regras de Compromisso, a revista tende a melhorar de novo a partir de março. Classificação: |
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