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BATMAN # 67

14 agosto 2008

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BATMAN # 67
Título: BATMAN # 67 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Cerco - Stuart Moore (roteiro) e Andy Clarke (desenhos);

Peso de papel - Will Pfeifer (roteiro) e David Lopez (desenhos);

Noiva e Noivo - Marv Wolfman (roteiro) e Jamal Igle (desenhos);

Casos inexplicáveis - Grant Morrison (roteiro) e Andy Kubert (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2008

Sinopse: Cerco - Batman e Robin correm contra o relógio para deter o terrorista chamado Vox, antes que ele destrua a Torre Wayne.

Peso de papel - A Mulher-Gato enfrenta as defesas de Lex Luthor para roubar um objeto aparentemente insignificante que o Calculador lhe pediu em troca do favor de limpar a ficha policial de Holy.

Noiva e Noivo - Asa Noturna segue as pistas do casal de assassinos com poderes misteriosos e finalmente os encontra. Porém, nesse primeiro confronto o herói não consegue detê-los.

Casos inexplicáveis - Batman se recupera do violento ataque do gigantesco policial vestido com capa de morcego e máscara de Bane. Ainda muito ferido, Bruce Wayne tem estranhas alucinações, enquanto Robin tenta deter o misterioso assassino de mulheres.

Positivo/Negativo: Esta edição pode ser claramente dividida ao meio. As duas primeiras histórias, de Batman contra o vilão Vox e a da Mulher-Gato, são muito boas, daquelas que deveriam figurar todo mês nas revistas.

Merece destaque a trama criada por Stuart Moore, que substituiu Paul Dini. Ele acertou na ambientação, situando a trama na torre de propriedade de Bruce Wayne, o que fez o herói agir em sua identidade civil a maior parte do tempo. Os desenhos de Andy Clarke também estão ótimos.

As outras duas histórias, no entanto, deixam a desejar. No caso de Asa Noturna isso é até corriqueiro, pois o roteirista Marv Wolfman não é o primeiro a ter problemas em criar boas tramas para o alter ego de Dick Grayson nos últimos anos. O herói está sem rumo no Universo DC atual, e até mesmo suas relações com outros personagens conhecidos foram praticamente apagadas e nada foi posto no lugar. Fica difícil pensar em boas tramas nessas condições.

No entanto, isso não é o que se espera do Batman de Grant Morrison. Suas histórias do Cavaleiro das Trevas deveriam ser o carro-chefe do personagem no momento, mas ainda fica uma sensação esquisita na leitura, como se algo tivesse sido perdido. A narrativa tem cortes muito abruptos entre uma cena e outra ou mesmo entre edições.

Fica difícil até lembrar que o vilão desta edição já é o segundo policial a aparecer fantasiado de Batman no arco - o primeiro deu as caras logo no início da primeira edição, atirando no Coringa.

Há também uma certa incompatibilidade entre Morrison e o desenhista Andy Kubert na composição do clima da história. As referências e as sacadas sutis do roteirista pedem uma dose de desprendimento do leitor para aceitar os seus momentos mais "viajados".

A arte de Kubert, contudo, não tem o mesmo espírito, pois leva muito a sério o que os olhos podem ver. Ler a revista pautando-se pelo desenho é tomá-la como um título de super-heróis convencional, em que se tem a certeza de que não há nada mais em um combate direto entre mocinho e vilão. Mas, quando se fala de um roteiro de Grant Morrison, todos sabem que não é bem assim.

Essa diferença entre as duas metades da revista mostra um dilema que os autores de grandes personagens, como Batman e Superman, sempre enfrentam: escolher entre as histórias simples, despretensiosas e autocontidas ou aquelas que prometem algum tipo de revolução. Até o momento, no universo do Morcego, as primeiras estão vencendo.

Classificação:
- Diego Figueira, responsável pelo Pop Balões

 



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