Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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BD Guide 2005: Moliterni ensina os caminhos da Banda Desenhada

18 janeiro 2005

BD Guide 2005Claude
Moliterni não pára. Além do terceiro
volume
da Larousse dos Quadrinhos, ele lançou, junto com outros autores,
a atualização de seu guia sobre a Nona Arte para este ano: BD Guide
2005
, em setembro, pela Editions Omnibus (que não é especialista
em quadrinhos).

O BD Guide ganhou, com sua primeira edição, o prêmio Yellow
Kid
de melhor obra, na ExpoCartoon em Roma. O guia na verdade
contém três dicionários: um de autores, um de personagens e ainda um terceiro,
de publicações, além de traçar um panorama dos quadrinhos, de 1828 até
hoje.

Moliterni, talvez a melhor combinação que a França já deu ao mundo de
criador, pesquisador e animador dos quadrinhos, tem, neste livro, a companhia
de Philippe Mellot, Laurent Turpin, Michel Denni e Nathalie Michel-Szelechowska,
que já o acompanham em outras edições do BD Guide.

O subtítulo dá bem a intenção da obra: "Encyclopédie de la bande dessinée
internationale: Son histoire, ses auteurs, ses héros, ses journaux". Em
1792 páginas (quase o dobro da edição anterior - 976, confira a capa)
, o livro, na opinião do resenhista Didier Pasamonik, do Univers
BD
, é uma obra de referência que flerta - bem - com o lúdico,
incluindo passagens anedóticas e vários textos opinativos. No total, são
1.500 remissões.

A ficha oficial pode ser consultada aqui.

Para comprar online o livro (em site confiável) por 28,50 euros,
o link é este.
O preço pode ser considerado excelente, pois a edição anterior, bem menor,
custava 30 euros.

Harry ChaseMoliterni,
entre outros pontos de sua bela biografia, foi fundador da Société
Française de B.D.
e do festival de Angoulême, co-editor da revista
Phénix, que tinha o subtítulo "Revue Internationale de la Bande
Dessinée", e também divulgava artigos e notícias sobre a Nona Arte em
todo o mundo. Confira aqui uma
capa
.

Moliterni também foi diretor literário da Dargaud até 1989. Outro
marco em sua carreira foi a antológica exposição Bande Dessinée et
Figuration Narrative
- a primeira mostra de quadrinhos em um museu,
na França, em 1967 -, que acabou virando livro.

Como roteirista, as séries mais importantes de Moliterni são Taar,
que teve doze álbuns, com desenhos de Jaime Brocal-Remohi, e Scarlett
Dream
, que apesar de ter tido apenas seis álbuns, com desenhos de
Robert Gigi, foi um grande sucesso de crítica. Veja aqui
as fichas e capas da série.

Claude Moliterni e o Brasil:

Em 1979, Moliterni esteve no Brasil, visitando o Salão de Humor de
Piracicaba
.

A empatia com a cidade e com o festival foi tão grande que Moliterni resolveu
deixar muito bem marcado o fato, ao ambientar uma das aventuras do personagem
Harry Chase na cidade. Trata-se do álbum Piracicaba, Mon Amour,
de 1980, ilustrado por Fahrer, em que temos um fato insólito e bem humorado:
o vilão da história é ninguém mais ninguém menos do que o pesquisador
brasileiro de quadrinhos Álvaro de Moya. Apesar de ser uma grata referência
para os brasileiros, não é, como álbum de HQs, uma das melhores criações
de Moliterni.

As fichas e as capas dos oito álbuns da série de aventuras detetivescas
de Harry Chase podem ser conferidas aqui.

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