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BELA LUGOSI'S DEAD

14 agosto 2008

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BELA LUGOSI'S DEAD
Título: BELA LUGOSI'S DEAD (Mojo
Books
) - HQ digital

Autores: Leo Martinelli (texto) e Raphael Salimena (arte).

Preço: download gratuito

Número de páginas: 20

Data de lançamento: Maio de 2008

Sinopse: Em um cemitério, um vampiro acorda e vai prestar contas
com um velho aliado - que aparentemente se tornou traidor.

Positivo/Negativo: "Bela Lugosi está morto", anunciou, em 1979,
a banda inglesa Bauhaus. O single foi o precursor do movimento
gótico e um ponto seminal para o rock underground da década de
1980. Marcou uma geração, e não podia ser de outra forma.

A música era lenta e pesada. A letra narrava o funeral de Bela Lugosi,
o ator-fetiche do submundo do cinema, como se fosse um ritual de vampiros.
A canção da Bauhaus aumentou ainda mais o culto ao astro de Plan 9
from Outer Space
, de Ed Wood - que a lenda consagrou injustamente
como o pior filme de todos os tempos.

Esta semana, Bela Lugosi's Dead ganhou uma nova versão. Agora em
quadrinhos digitais, disponíveis para download no site da editora
virtual Mojo Books.

É uma bela estréia para o Mojo Comix, editado
pelo jornalista Delfin, colaborador do Universo HQ, e
por Ricardo Giassetti, da Mojo Books. O selo vai produzir
quadrinhos a partir de músicas do mundo pop - uma receita que vem
dando certo com a literatura que o site produz.

O trabalho do roteirista Leo Martinelli é bastante envolvente. O texto
é permeado de uma sensação de estranheza, que volta e meia puxa o tapete
do leitor. Mesmo com poucas páginas, as expectativas são quebradas com
freqüência - e chegam nesse ritmo ao gran finale.

Aos poucos, com sutileza, Bela Lugosi revela que está enfrentando Christopher
Lee, outro vampiro imortalizado na cultura pop. Os dois disputam
o legado de mestre do terror - em que Lugosi representa o lado mais tosco
e, ao mesmo tempo, autêntico, enquanto Lee parece tranqüilo em abusar
do culto para conseguir a fama.

A arte de Raphael Salimena tem ritmo e agilidade, o que consolida as qualidades
do roteiro, mas esses são apenas uma parte do seu mérito. A mais divertida
está justamente na boa transposição que o artista faz dos dois atores.
Ambos estão como nos seus filmes: Lugosi, exagerado e teatral; Lee, fazendo
as vezes de um aristocrata imortal entediado.

A julgar pelo começo, é bom ficar de olho na Mojo Comix. Não só
pela proposta de plataforma tecnológica, que vislumbra um futuro cada
vez mais inevitável de leitores eletrônicos, mas também pelos próximos
títulos anunciados.

A lista, divulgada
no Universo HQ
, inclui autores com tradição de bons trabalhos
e canções com potencial de render belas adaptações. A série é, por enquanto,
bimestral.

Classificação:
- Eduardo Nasi

 



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