No mês passado, a sensual e curvilínea Betty Boop completou 85 anos de idade.

E pensar que, no longínquo ano de 1930, a bela dançarina de cabaré era, com o perdão do que a palavra possa sugerir, uma cadela. Mas a pequena (ou seria minúscula?) participação no desenho animado Dizzy Dishes, criado no lendário estúdio dos irmãos Fleischer, não passou despercebida. Tanto que Betty voltou em 1933, dessa vez como humana. Daí para frente, conquistou a todos com charme, sedução e muito humor.

Antes disso, porém, ela foi vítima de censura e teve até que aumentar o tamanho de seu vestido, escondendo a cinta-liga e as pernas que tanto encantavam. Também ganhou um namorado, Fearless Fred, que a acompanhava em situações bem mais "família" do que originalmente sua ousadia a levava.

Embora, desde então, Betty Boop tenha sumido das telas (sua última aparição, após décadas de ostracismo, foi em 1988, no filme Uma cilada para Roger Rabbit) e suas incursões nos quadrinhos sejam apenas em esporádicas republicações de tiras clássicas, a pequena notável continua sendo um fenômeno de licenciamento em todo o mundo, seja com o visual clássico ou em versão moderna.

Para se ter uma ideia de como a garota, ou melhor, senhora está com tudo, em 2005 o edifício Empire State (um dos mais conhecidos cartões postais de Nova York) a homenageou pelos seus 75 anos, iluminando a torre com luz vermelha, em alusão à cor do vestido da dançarina, durante a noite do dia 8 até a manhã de 9 de agosto, data em que a personagem faz aniversário.

Para celebrar seu 85 anos, nenhum evento especial foi preparado. Mas Betty Boop parece não precisar disso para continuar lembrada pela cultura pop.