Brasileiro Marcello Quintanilha vence principal prêmio no 49° Festival Internacional de Angoulême
O quadrinhista brasileiro Marcello Quintanilha, 51 anos, foi o grande vencedor da 49ª edição do Festival Internacional de Angoulême, realizado entre 17 e 22 de março de 2022 na cidade de Angoulême, na França.
O evento é o maior festival de quadrinhos da Europa e o mais respeitado do mundo.
Quintanilha, que atualmente mora em Barcelona, na Espanha, levou o troféu Fauve d’or de Melhor Álbum por seu trabalho em Escuta, Formosa Márcia, publicado ano passado pela Editora Veneta aqui no Brasil e pela editora Ça et Là na França.
Esta é a coroação de uma carreira premiada. Ele já ganhou o Troféu HQ Mix de melhor desenhista por Sábado dos meus amores (2009) e Almas públicas (2011), no próprio Festival Internacional de Angoulême ganhou o troféu Fauve Polar SCNF por Tungstênio (2016), e no Rudolph Dirks Award levou nas categorias de melhor roteiro e melhor arte em publicação da América do Sul, também por Tungstênio (2017).
Os outros ganhadores deste ano no festival francês foram:
- Prêmio Especial do Juri: Des Vivants, de Simon Roussin e Raphaël Meltz (2024);
- Prêmio de Melhor Série: Spirou - L'Espoir Malgré Tout - Troisième Partie, de Émile Bravo (Dupuis);
- Prêmio Revelação: La Vie Souterraine, de Camille Lavaud Benito (Les Requins Marteaux);
- Prêmio da Audácia: Un Visage Familier, de Michael Deforge (Atrabile);
- Prêmio do Patrimônio: Stuck Rubber Baby, de Howard Cruse (Casterman, no Brasil pela editora Conrad);
- Prêmio Juventude 8-12 anos: Bergères Guerrières - Tome 4, de Amélie Fléchais e Jonathan Garnier (Glénat);
- Prêmio Juventude 12-16 anos: Snapdragon, de Kat Leyh (Editions Kinaye);
- Prêmio dos Quadrinhos Alternativos: Bento #6, de vários autores (Radio as Paper);
- Prêmio Policial SNCF (Société nationale des chemins de fer français): L'Entaille, de Antoine Maillard (Éditions Cornéluis);
- Prêmio do Público da France Telévisions: Le Grand Vide, de Léa Murawiec (2024);
- Prêmio Ecológico: Mégantic - Un Train Dans la Nuit, de Christian Quesnel e Anne-Marie Saint-Cerny (Éditions Écosociété).
- Prêmio Escolar: Yojimbot - Tome 1, de Sylvain Repos (Dargaud);
- Prêmio René Goscinny - Roteiro: Jean-David Morvan;
- Prêmio René Goscinny - Jovem Roteirista: Raphaël Meltz e Louise Moaty;
- Prêmio Konishi (tradução de mangás em francês): Nathalie Lejeune, pela tradução de Blue Period, de Yamaguchi Tsubasa.
A vencedor do prêmio Grand Prix de Angoulême foi Julie Doucet, autora canadense de quadrinhos undergound.