Com cinco meses de atraso, o canal de notícias Fox News levou ao ar uma matéria abordando as revistas em quadrinhos da DC Comics depois da reformulação de setembro de 2011, e fez duras críticas ao seu conteúdo que, segundo o canal, mostram apenas "violência gráfica e sexo".

Como exemplo, entre outras séries, foram mencionadas a controversa cena de sexo entre Mulher-Gato e Batman em Catwoman, além de Detective Comics e Red Hood and the Outsiders. A repórter chegou a dizer que "os super-heróis de hoje fariam Archie e Verônica ficarem com vergonha", comparando-os com dois personagens voltados ao público infantil.

A matéria diz ainda que muitas crianças estão sendo colocadas em perigo por causa dos conteúdos apresentados atualmente, e as histórias mostram uma interpretação equivocada da realidade. Assim, passam uma mensagem errada. Parece que ninguém na Fox News lê quadrinhos de super-heróis há, pelo menos, três décadas.

Na reportagem foi ouvida ainda a opinião de um psicólogo, que declarou que a superexposição ao sexo e à violência dos quadrinhos pode encorajar os leitores a se tornarem agressivos.

Curiosamente, uma linha de raciocínio muito similar de A sedução do inocente, livro lançado pelo psiquiatra alemão Fredric Wertham em 1954, no qual ele acusava quadrinhos de transformar jovens em delinquentes juvenis, e que provocou uma onda de censura no mercado da época.

A Fox News ainda comparou a personagem Estelar dos quadrinhos, que desde sua criação, em 1982, tem a sexualidade explorada, com a sua versão propositadamente infantilizada do desenho animado Os Jovens Titãs.

Mesmo se referindo ao reformulado Universo DC, o canal mostrou capas de revistas que foram feitas por fãs e de edições lançadas antes das mudanças. A DC Comics (assim como a Marvel e outras editoras) possui uma classificação etária exibida na capa de suas revistas. São elas: "E", que significa apropriado para todos os públicos; "T", para leitores acima dos 12 anos; "T+", para leitores acima dos 16 anos; e "M", para leitores acima dos 18 anos.

Confira a matéria, em inglês, no vídeo abaixo.