O
cartunista Jaguar
(cujo nome verdadeiro é Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe), um dos criadores
do Pasquim, num gesto de coerência com seu passado devolveu uma
comenda recebida há oito anos.

A medalha Pedro Ernesto lhe foi concedida na época, pelo vereador carioca Chico Alencar.

Jaguar fez questão de devolvê-la para não dividir a honra com Roberto Jefferson, o deputado do PTB que foi caçado por corrupção, admitiu ter recebido R$ 4 milhões e delatou o esquema do "mensalão".

Jefferson, de 53 anos, recebeu a medalha da própria filha, a vereadora Cristina Brasil, em 14 de junho, data de seu aniversário, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

Jaguar
classificou o ato de nepotismo e foi à Câmara protocolar a devolução da
medalha, causando estupor, embaraços e constrangimentos, numa cena digna
de artigo no Pasquim.

Tamanha foi a confusão, que chamaram a presidente em exercício da Câmara, a vereadora Leila do Flamengo, para resolver o problema.

Mesmo assim, Jaguar recusou o convite da vereadora para ir ao plenário.

Cristina Brasil considerou o ato de Jaguar deselegante para com Chico Alencar, que havia lhe concedido a medalha, e desrespeitoso com a Câmara.