O
site Bleeding
Cool divulgou uma série de tweets (micropostagens)
que o editor, escritor e caçador de talentos C.B. Cebulski fez recentemente
usando o Twitter,
criticando a qualidade dos desenhos de alguns dos novos artistas "quentes"
e a postura negligente de diversos editores.

Ele não revelou os nomes do artista e dos editores aos quais se referia,
mas em um dos casos parece ter reconhecido seus próprios erros, afinal
Cebulski é um dos caça-talentos da Marvel
Comics.

O
artista em questão teria cometido erros básicos de composição e narrativa
e Cebulski sentiu que a história fora prejudicada por isso.
Indo mais além, Cebulski diz ter lido uma revista desenhada por um desses "artistas do momento", na qual havia problemas em todas as páginas e de todos os tipos (composição, anatomia, narrativa, ausência de cenários e outros). O escritor da publicação - cujo título não foi revelado - teria ficado furioso com o editor e com a baixa qualidade da arte.

O colorista teria feito tudo para esconder os problemas e salvar a arte. Isso é uma coisa que irrita muito o escritor Brian Bendis (embora ele, aparentemente, não seja o escritor ao qual Cebulski se referia).

O pior, para Cebulski, teria sido a atitude do editor ao admitir os erros do artista e dizer que não pode fazer nada exceto ficar satisfeito pelo fato de o sujeito entregar a arte e que a revista até vendeu bem.

Como
ele não revela exatamente de qual editora está falando, certas passagens
são difíceis de dizer se referem-se à Marvel,
DC Comics
ou a outra concorrente. Apesar disso, ele esclareceu que não se tratava
de Pete Woods ou David Hahn.
Já estava mais do que na hora de alguém dar uma "dura" na maioria dos editores e desenhistas de HQs de super-heróis pela qualidade das publicações e o prazo de entrega dos materiais - que compromete a distribuição. Atualmente, existem muitas revistas em quadrinhos que mais parecem um livro de esboços colorido no Photoshop.

Não seria ético da parte de Cebulski citar os nomes em público, mas é uma pena sua atitude ainda não ter servido de exemplo para que editores mais experientes e até mesmo editores-chefes deem um basta no uso de desenhistas e escritores que, decididamente, ainda não possuem as qualidades profissionais necessárias para trabalhar com quadrinhos.

Quem está pagando por essa brincadeira é o leitor.