Charlie Hebdo terá tiragem de três milhões de exemplares e versões traduzidas
Amanhã, dia 14 de janeiro, será publicada a primeira edição do semanário satírico Charlie Hebdo após o ataque da semana passada, na qual 12 pessoas foram mortas.
Com o apoio de grupos de mídia, a expectativa de que a edição teria uma tiragem de um milhão de exemplares foi superada. Na verdade, serão distribuídas três milhões de cópias, com versões traduzidas em 16 idiomas. A tiragem normal girava entre de 45 mil e 60 mil.
O advogado da publicação, Richard Malka, afirmou que serão mostradas novas charges sobre o profeta Maomé, um dos principais motivos da Charlie Hebdo ter virado alvo de extremistas. Além disso, apresentará outros cartuns políticos e religiosos.
O fato das charges que abordam o islamismo terem ficado famosas pela repercussão e ameaças faz muitos pensarem que essa era a agenda principal da Charlie Hebdo. Na verdade, a publicação não se restringia a esse assunto e produzia cartuns sobre os mais diferentes acontecimentos, abordando também muita política, outras religiões (inclusive a católica), esporte e até mesmo celebridades.