Che tem sua biografia apresentada em manhwa da Conrad
Está
à venda um álbum de quadrinho coreano que conta a história de Che Guevara,
em lançamento da Conrad
Editora.
Em Che (formato 14 x 21 cm, 248 páginas, R$ 23,50), a intenção do autor é apresentar quem, afinal, foi Ernesto Guevara de la Serna.
Existem muitos "Ches" espalhados pelo mundo. Para alguns, é apenas um rosto altivo, barbudo e vestindo uma boina com uma estrela, estampado numa camiseta vermelha. Para a CIA, Che era um inimigo perigoso, que deveria ser eliminado. Para os camponeses da região onde lutou na Bolívia, era um santo.
Che também era médico, pai e comandante.
O guerrilheiro nascido a 14 de junho de 1928 tem sua biografia desvendada neste manhwa (quadrinho coreano) de Kim Yong-Hwe, a partir de uma pesquisa acurada e perspectiva histórica, ao mesmo tempo em que se utiliza de diversas referências pop.
Argentino de Rosário, mas cidadão do mundo, Ernesto nasceu numa família com conforto econômico, sustentada pelo pai arquiteto. Aos dois anos de idade começou a ter os ataques de asma que o acompanhariam por toda a vida.
Formado em medicina, partiu com o amigo Alberto Granados por uma viagem de motocicleta pela América Latina, quando começou a entender os mecanismos que regem a dependência entre os países subdesenvolvidos da região e os Estados Unidos.
Depois da prova necessária para conseguir a licença de médico, na Argentina, Guevara viajou até o México para encontrar-se novamente com Granados. Durante essa nova jornada, Che aprofunda sua visão da realidade latino-americana: esteve na Guatemala no auge da PBSUCCESS, sangrenta operação orquestrada pela CIA para destituir o progressista presidente guatemalteco Jacobo Arbenz Gusmán.
Abalado com a ferocidade da ação norte-americana em território estrangeiro, Che decide optar pela revolução como única forma de libertar a América Latina. Depois de conhecer Fidel Castro no México, em julho de 1955, resolve juntar-se aos insurgentes cubanos - e em novembro do ano seguinte é um dos comandantes da milícia armada que se instala em Sierra Maestra e que termina por derrubar o ditador Fulgencio Batista em 1959.
Após a vitória em Cuba, Che torna-se embaixador do país e viaja pelo mundo tentando encontrar países que possam ser aliados ao novo regime instalado na ilha - foi durante essas viagens que Che recebeu a Ordem do Cruzeiro do Sul em 1961, do então presidente brasileiro Jânio Quadros. Porém, decepcionado com o trabalho diplomático, Guevara renunciou ao cargo e resolveu voltar à vocação de guerrilheiro.
Após uma breve e mal-sucedida incursão pelo Congo, Che segue para a Bolívia em 1966. Porém, sem o apoio do governo cubano nem do Partido Comunista boliviano, a guerrilha fracassou e Guevara foi capturado e executado pela CIA em 9 de outubro de 1967.