Depois de 56 edições e mais de dois anos nas bancas, a edição derradeira de Samurai X (formato: 17,7 x 11,4 cm, 112 páginas, R$ 4,90), da JBC, chega ao fim.

No Japão, o título foi publicado ao longo de sete anos. Poucos quadrinhos duram tanto tempo, sem que o público perca o interesse. Mas Samurai X tornou-se uma exceção, pois Kenshin Himura, o lendário Battousai, o Retalhador, é um herói como poucos já criados no universo dos mangás.

Pelas mais de cinco mil páginas que compõem a coleção Samurai X, muito mais do que acompanhar a história do personagem, os brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer melhor o Japão da Era Meiji, uma época em que os monarquistas tinham acabado de conquistar o poder dos xoguns. Cada edição trouxe dados históricos, explicando os códigos dos samurais e desvendando os tradicionais costumes nipônicos.

Além disso, a cada texto paralelo que escreveu, o autor Nobuhiro Watsuki revelou o seu dia-a-dia, mostrando os prazeres e dificuldades de um trabalho bem menos glamouroso do que se imaginava. Por outro lado, deixou claro também a satisfação que isto traz para um mangaká (artista de mangás).

Para a Editora JBC, que tem como filosofia divulgar a cultura japonesa no Brasil, foi uma satisfação perceber que Samurai X se tornou um dos quadrinhos mais populares entre os brasileiros, e ajudou na consolidação definitiva dos mangás no País.

O sucesso de Samurai X marcou o início da bem-sucedida parceria entre as editoras JBC e Shueisha, e possibilitou que outros mangás famosos da editora japonesa chegassem ao Brasil, como Yu Yu Hakusho, Shaman King, Gunnm, Video Girl Ai e Len .

"Tomara que este mangá continue por um bom tempo na estante dos senhores leitores", pediu Nobuhiro Watsuki. Kenshin, Kaoru, Yahiko, Sanosuke, Aoshi, Misao, Saitou, Megumi, Shishio, Enishi, Tomoe... Todos deixarão muitas saudades!