Cinqüenta números de Mágico Vento
Não
é toda revista em quadrinhos, além dos conhecidos super-heróis e das tradicionais
linhas infantis (Disney e Turma da Monica), que consegue
atingir o expressivo número de cinqüenta edições em bancas.
Mas esse foi o feito realizado este mês por Mágico Vento, da Mythos Editora. Assim como o famoso Tex, o personagem promete vida longa e grandes emoções aos seus fiéis leitores.
Como os fãs sabem muito bem, na trama, estão as aventuras de Ned Ellis, um soldado que, ferido e desmemoriado, acaba sendo acolhido por uma tribo indígena e assume o papel de "homem da medicina", ou xamã, de seus agora irmãos. Constantemente vivendo situações de grande perigo, conta com a ajuda de seu amigo Poe, competente jornalista que só tem um problema: seu vício por bebidas alcoólicas.
Com roteiros bem construidos e amarrados pelo polivalente Gianfranco Manfredi, que é ator, escritor, compositor e mais, a série conquistou seu espaço tanto em seu pais de origem, a Itália, quanto no Brasil.
Diversos e talentosos desenhistas se revezam na arte de Mágico Vento, como José Ortiz, Goran Parlov, Pasquale Frisenda e outros.
Um dos diferenciais desta saga no Velho Oeste é o trabalho de Júlio Schneider, tradutor e apaixonado pelo assunto, que apresenta simpáticos e interessantes editoriais a cada nova edição, além da ótima e indispensável Blizzard Gazette, página de texto que traz elementos e conceitos da época, como personagens, costumes indigenas ou acontecimentos relevantes, fundamentais para situar o leitor na história que acompanhará a seguir.
Na trama desta edição #50, que conta com desenhos de Bruno Ramella, jovens corredores de diversas nacionalidades se desafiam numa disputa. Entre eles, um garoto índio chamado Barro, que não se contenta com uma vitória esportiva e a quem a própria tribo não dá nenhum valor. Porém, ele compete pelo resgate da honra de seu povo, sem saber o perigo que está correndo.
Seu criador comentou que, a partir deste número, procurou enfocar mais o lado humano tanto dos personagens principais quanto dos secundários. Com mais de 100 edições publicadas na Itália, Mágico Vento ainda tem muito fôlego e aventuras para mostrar - para felicidade dos leitores, fisgados pela qualidade desta que é uma das melhores opções em HQs do gênero faroeste que já aportaram por aqui.
Aproveite para conferir diversas resenhas da série neste link.