Começou o 33º Festival de Angoulême, na França
Começou
no dia 26 de janeiro o 33°
Festival Internacional de la Bande Dessinée de Angoulême, o maior
evento dedicado à arte seqüencial do planeta.
Os três graus negativos e um pouco de neve, incomuns para a região, segundo
os habitantes, tornou penoso o deslocamento entre os muitos locais onde
o festival se desenrola. Como o principal local dos pavilhões das editoras
está em reforma, os estandes tiveram que ser pulverizados por diversas
praças e ruas.
As exposições deste ano deixam um pouco a desejar. Apesar de numerosas,
a maioria não passa de páginas de HQ enfileiradas na parede. Nada de cenários
produzidos para criar uma atmosfera, como ocorreu em anos anteriores.
Uma exceção é a exposição sobre a influência de Júlio Verne nas histórias
em quadrinhos. De Winsor McCay a François Schuiten pode-se ver que onde
há um dirigível, um submarino ou um foguete, o espírito do escritor está
presente.
Apesar disso, é difícil imaginar um evento em que se tenha
o privilégio de ver Jim Lee fazendo um desenho do Batman para um fã, e
levar dez minutos apenas para desenhar os prédios de Gotham City; uma
prancha original do Príncipe Valente, de Hal Foster, com 80 cm
de largura, ou as belíssimas páginas de Paulette, de Georges Wolinski
e Georges Pichard.