Em janeiro de 1946, nos Estados Unidos, o programa radiofônico The Adventures of Superman exibiu o episódio The Clan of the Firing Cross, primeiro de uma série de 16 capítulos em que o Homem de Aço enfrentava e derrotava a Ku Klux Klan - famosa e cruel seita racista que vivia um processo de renascimento e expansão -, abalando de forma decisiva a organização na vida real.

Tudo começou quando o ativista Stetson Kennedy se infiltrou na KKK e aprendeu seus códigos, sinais, rituais e outros detalhes até então desconhecidos e passou as informações para os produtores do programa, resultando, um ano depois, na desestabilização da seita até o ponto de reduzir suas ações criminosas e o recrutamento de novos integrantes.

É esse fato histórico que o escritor e pesquisador Rick Bowers conta no livro Superman versus the Ku Klux Klan: The True Story of How the Iconic Superhero Battled the Men of Hate, lançado no mês passado.

Mas, ao contrário do que se possa imaginar, a obra é destinada ao público infantil e trata essencialmente de enfatizar o papel do último filho de Krypton, desde sua criação até a atualidade, como um exemplo de conduta e agente orientador dos conceitos de justiça e tolerância para jovens e crianças, destacando sua força icônica na cultura popular.

Por esse motivo, como têm apontado as resenhas de alguns críticos, o título do livro se refere apenas a um dos tópicos que explicam por que o herói é tudo aquilo que a obra diz sobre ele.

Superman versus the Ku Klux Klan, publicação da National Geographic Children's Books, tem capa dura, 160 páginas e está à venda em livrarias e-shops dos Estados Unidos.