Aviso aos leitores: este artigo lida com fatos recentes do Universo Marvel, divulgados na mídia norte-americana, que ainda são inéditos no Brasil. Por isso, aborda acontecimentos que certamente podem prejudicar o prazer de sua leitura no futuro.

A cantora mutante Cristal, da Marvel
Comics, ganhará uma edição especial escrita por Jim McCann e
ilustrada por Kalman Andrasofszky.

O especial de 48 páginas mostrará Alison Blaire, que sobreviveu aos eventos de Necrosha (crossover que ainda está em andamento), enfrentando inimigos do seu passado, como Dr. Destino e Encantor, liderados por Mortis (Lois London), a irmã da personagem.

Lois London surgiu em Dazzler # 20, em 1982, criada por Danny Fingeroth e Frank Springer, e voltou a atuar no Universo Marvel recentemente, durante o crossover Necrosha.

Cristal, ao contrário do que muitos leitores pensam, não foi criada por Chris
Claremont e John Byrne, embora sua primeira aparição tenha ocorrido em Uncanny
X-Men # 130, revista lançada em fevereiro de 1980, escrita e ilustrada,
respectivamente, pelos dois artistas.

A origem de Alison Blaire é mais complicada e envolve várias empresas além da Marvel, como a Casablanca Records.

Por volta de 1977, a gravadora queria fazer uma parceria com a Marvel para lançar um desenho animado com muitos de seus artistas (Donna Summer, Cher, Rodney Dangerfield, Lenny e Squiggy, Robin Williams, The Village People e Kiss) junto com o Homem-Aranha, os Vingadores e uma nova personagem ligada ao mundo da música: Cristal.

O projeto, cuja proposta inicial foi escrita por Jim Shooter, rapidamente se transformou num longa-metragem, que chegou a ter Bo Derek como a atriz que interpretaria Cristal.

Mas como muitos outros projetos desse gênero, vários anos se passaram com mudanças, revisões e atrasos e, no final de tudo, a Casablanca Records desistiu do filme. A Marvel resolveu bancar a personagem que havia sido desenvolvida por Jim Shooter, Tom DeFalco, John Romita, Jr., Louise Simonson e Roger Stern.

Cristal ganhou título próprio em 1981 e Dazzler #1 foi uma das primeiras revistas a ter distribuição exclusiva no mercado direto, que ainda estava em seus primórdios.