Crying Freeman será lançado na Fest Comix
Em
janeiro de 1991 a Editora Sampa lançava o terceiro
título de mangá publicado no Brasil. Naquela época, o foco editorial ainda
pousava apenas sobre os seinen mangá (mangás para homens adultos),
como Akira e Lobo Solitário.
Se Akira impressionava pelas questões psicológicas e filosóficas turbinadas com muita ação num Japão apocalíptico, Lobo Solitário descortinava o rico e surpreendente Japão feudal aos olhos ocidentais. Com a chegada de Crying Freeman (formato 13 x 18 cm, 192 páginas, R$ 9,50), era a vez de o Japão moderno ser explorado pelos leitores.
Crying Freeman, de Kazuo Koike e Ryoichi Ikegami, possui todos os elementos de um grande filme de ação, porém sem limitações politicamente corretas: nesse mangá o leitor encontra intrigas internacionais, estratégias mirabolantes, sentimentos sinceros, sacrifício e abnegação, mas também muita violência e sexo explícito, alguma escatologia e inúmeras reviravoltas.
A trama é sobre um homem que foi transformado numa perfeita máquina de matar, mas, apesar do condicionamento sofrido, ainda mantém seus sentimentos. O maior símbolo de seu conflito é seu codinome, pois sempre chora ao completar uma missão, vendo-se livre momentaneamente dos comandos hipnóticos implantados por seus algozes, os 108 Dragões, uma poderosa organização criminosa chinesa.
A nova edição da Panini Comics é baseada na quarta reedição japonesa da série, que divide as mais de duas mil páginas em cinco volumes japoneses. A série foi distribuída em dez edições mensais com uma quantidade de páginas que varia entre 192 a 224 páginas, sendo que já a partir da terceira edição serão publicados capítulos ainda inéditos por aqui, abordando a jornada de Freeman dentro da organização 108 Dragões.
Além disso, cada edição virá com dois minipôsteres coloridos. O lançamento do título acontece durante a nova edição da Fest Comix.