DC Comics fecha a WildStorm
Jim Lee e Dan DiDio, da DC Comics, anunciaram, no blog
The Bleed, o fim da WildStorm.
Foram as publicações da WildStorm, como The Authority,
Promethea, Planetary, Tom Strong e A Liga Extraordinária, e
não a Marvel Comics ou a DC Comics, que
marcaram a entrada dos quadrinhos mainstream no século 21, e rapidamente
influenciaram toda a indústria.
As revistas do Universo WildStorm, cujos títulos mais conhecidos são The Authority, Wildcats e Gen 13, serão canceladas em dezembro. Segundo Lee e DiDio, os personagens precisam ser redefinidos para voltar a ter relevância.
Os heróis da WildStorm voltarão a ser vistos fora do selo WildStorm.
Lee, Didio e Geoff Johns, a atual trindade de chefões da DC Comics, têm grandes planos e o comunicado divulgado deixa implícito a ideia de que estes personagens poderão vir a fazer parte do Universo DC.
Os títulos licenciados (como, por exemplo, World of Warcraft, Assassin's
Creed e Modern Warfare - Ghost) da WildStorm
e as revistas destinadas ao público infantil serão publicadas com o selo da
DC Comics.
Ainda não está claro qual será o destino das revistas da WildStorm cujos diretos pertencem a seus autores, como é caso de Astro City, por exemplo.
Além disso, a DC Comics também vai cancelar, este mês, todas as publicações do selo Zuda. As revistas da Zuda com lançamento programado serão publicadas pela DC Comics.
O quadro de funcionários da WildStorm será reestruturado e incorporado à equipe da DC Comics Digital, situada em Burbank, na Califórnia. A DC Comics Digital é uma divisão nova que está sendo liderada por Jim Lee e John Rood.
A WildStorm Productions surgiu como um desenvolvimento natural do Homage Studios (estúdio fundado por Scott Williams, Whilce Portacio, Jim Lee e Joe Chiodo e que prestava serviços pra a Marvel Comics), em 1992. A editora foi criada por Jim Lee e tinha sede em La Jolla, na Califórnia.
A WildStorm fez parte da Image Comics até 1998, quando Jim Lee vendeu a empresa para a DC Comics. A editora se destacou inicialmente publicando títulos como WildC.A.T.s, Gen 13, Cibernary, StormWatch e Deathblow.
Em sua segunda fase, a WildStorm criou selos específicos como Homage Comics e Cliffhanger e lançou revistas de destaque como Astro City, de Kurt Busiek; Estranhos no Paraíso, de Terry Moore; Maxx, de Sam Kieth; Red (recentemente adaptada para o cinema) e Reload, de Warren Ellis; Danger Girl, de J. Scott Campbell; Battle Chasers, de Joe Madureira; Crimson, de Humberto Ramos; Steampunk, de Joe Kelly e Chris Bachalo; e Arrowsmith, de Kurt Busiek e Carlos Pacheco.
A venda para a DC Comics foi efetivada em 1999, ano que
possivelmente foi o ápice da WildStorm em termos da qualidade
de suas publicações. Dentre os destaques de 1999 estão o lançamento e The
Authority, de Warren Ellis e Bryan Hitch; Planetary, de Warren
Ellis e John Cassaday; e a criação da linha
ABC (America's Best Comics), de Alan
Moore, que incluía as revistas Promethea,
A
Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen), Tomorrow
Stories, Tom
Strong e Top 10.
Em anos recentes a editora perdeu muito de seu destaque anterior, obtendo apenas sucessos esporádicos, como Frequência Global, de Warren Ellis, em 2002; Wildcats 3.0, de Joe Casey e Dustin Nguyen, em 2002; e Sleeper, de Ed Brubaker, em 2003. As grandes mudanças programadas para séries clássicas como Wildcats e The Authority, com participação de Grant Morrison, não se concretizaram.
O fechamento da WildStorm marca o final de uma era importante das HQs americanas.