Depois de HQs e filmes, o Gralha chega ao teatro
Depois de estrear nos quadrinhos e pintar em filmes de curta-metragem,
o super-herói paranaense Gralha (cuja identidade secreta é o estudante
Gustavo Gomes) chega ao teatro. Com texto e direção de Edson Bueno (responsável
pela adaptação de New York por Will Eisner, que fez muito sucesso
em Curitiba), a peça, intitulada O Gralha em: Curitiba, Cidade do Pecado,
é uma montagem da Cia. Máscaras, que retrata fielmente o espírito
das HQs.
O Gralha em: Curitiba, Cidade do Pecado será apresentada no Festival
de Teatro da cidade, no Teatro Lala Schneider (Rua Treze de
Maio, 629 - Largo da Ordem - tel.: 0XX-41-232-8108 / 323-7390), nos dias
21, 23, 25 e 26 de março, às 24h; no dia 22 às 18h; e no dia 24 às 21h.
No elenco, destaque para João Luiz Fiani , Marino Jr, Fábio Silvestri
e Mateus Zucolotto.
Inspirado em roteiros escritos por José Aguiar (um dos criadores do personagem),
o texto costura diversas cenas de histórias publicadas e de outras ainda
inéditas. Nele, o dilema de Gustavo Gomes é dividir sua vida pessoal de
adolescente com a de herói em busca de justiça.
Na trama, o Craniano está abduzindo todas as personalidades pensantes
de Curitiba, restando apenas a mediocridade à cidade. Uma comédia crítica
sobre o povo da capital paranaense e sua maneira de se enxergar diante
do mundo. Nada mais apropriado numa cidade em que o maior herói é alguém
fantasiado como a ave-símbolo do Estado.
Também participam da peça os vilões Araucária, uma mulher que pode virar
uma gigante, e o Dr. Botânico, um gênio científico do mal especializado
em plantas manipuladas geneticamente, além da mãe do herói, Glória, e
os amigos do seu alter-ego, Milton e Lila.
O Gralha surgiu em 1997, numa edição especial da revista Metal Pesado
(vencedora do HQ Mix de melhor revista mix daquele ano),
criação conjunta de José Aguiar, Tako X, Antonio Eder, Augusto Freitas,
Luciano Lagares, Edson Kohatsu, Nilson Mueller e Alessandro Dutra (que
elaborou a primeira versão do visual do herói). Na sua primeira aparição,
o roteirista Gian Danton escreveu o texto. Além desses autores já trabalharam
com o personagem ABS Moraes (roteiro), Edu Moreira, Rogério Coelho, Carlos
Magno e Márcio Freire (cores).
Entre 1998 e 2000, o personagem teve uma página semanal no jornal Gazeta
do Povo. Essas aventuras foram compiladas num livro,
lançado pela Via Lettera, que faturou o HQ Mix de melhor
álbum de ficção.
Em 2002, o Gralha chegou ao cinema, num curta-metragem dirigido pelo cartunista
Tako X, vencedor do prêmio de melhor filme do júri popular do VII Festival
de Cinema de Curitiba. E houve uma continuação, lançada em 2004.
Na edição de abril, a revista Wizard, da Panini apresentará
uma história inédita do Gralha, assinada por José Aguiar, em suas páginas.
Para saber mais sobre o Gralha, visite sua página
na internet.