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Descoberta a verdadeira origem do Lanterna Verde

5 setembro 2006

Lanterna VerdeQuando
surgiu em julho de 1940 nos quadrinhos de All-American Comics #16,
o Lanterna Verde Alan Scott, que ganhou seus poderes ao encontrar uma
misteriosa lanterna ferroviária depois de sofrer um acidente de trem,
deu origem a uma linhagem de guerreiros esmeraldas que o superaram em
poder, prestígio e fama entre os leitores da DC Comics.

Mas os fãs deveriam agradecer por isso a Willard Mason, um professor norte-americano
que estava em Cingapura quando recebeu de um velho índio a misteriosa
lâmpada carregada de energia que o transformaria no Lanterna Verde. Essa
é a verdadeira origem do super-herói e de seu anel energético.

Revelada no mês passado, nos Estados Unidos, durante a última edição da
convenção Wizard World Chicago, a história foi uma das sensações
do evento.

All-American Comics #16Os
bastidores dessa descoberta têm nuances de uma boa HQ. Tudo começou quando
Martin Nodell, 91 anos, desenhista da National Comics (atual DC)
na Era de Ouro dos quadrinhos e tido como co-criador do Lanterna Verde
Alan Scott, adoeceu e precisou ficar mais próximo da família para receber
atenção e cuidados necessários a sua recuperação.

Spence Nodell, filho do veterano artista, recolhia todos os pertences
do pai para a mudança de cidade quando encontrou vários de seus trabalhos
antigos, incluindo uma página original (sem arte-finalização em um quadro)
daquela que deveria ser a primeira aventura do Lanterna Verde, com vários
detalhes diferentes das que constam da origem até hoje conhecida do personagem.
Os textos e os desenhos são de Martin, que na época assinava como Mart
Dellon.

"Conheço Nodell há 30 anos, e a existência dessa página nunca foi mencionada
por ele ou sua família. Foi uma completa surpresa para Spence", disse
o colecionador Gary Colabuono.

Questionado pelo filho sobre o que significava aquilo, Martin Nodell,
que está se recuperando em um hospital na cidade de Milwaukee, afirmou
que o material foi concebido exclusivamente por ele e mostra a história
original que seria publicada em All-American Comics #16.

Green Lantern"Isso
prova que meu pai foi o único criador do Lanterna Verde, e que Bill Finger
deu uma significativa contribuição para o personagem", disse Spence Nodell,
a respeito da eterna celeuma sobre os créditos daquele artista na criação
do primeiro Guerreiro Esmeralda.

Em uma entrevista concedida à revista Alter Ego #5, em 2000, Martin
Nodell chegou a falar a respeito disso. Perguntado sobre se a co-autoria
de Bill Finger é apenas uma questão de interpretação, já que o conceito,
o visual e o nome do Lanterna Verde já haviam sido criados, o quadrinhista
limitou-se a responder:

"Eles (os editores) me perguntaram (após receberem as primeiras páginas)
se eu queria continuar a escrever as histórias. (...) Depois, acharam
melhor eu ficar responsável somente pelos desenhos, pois tinham muitas
idéias sobre o personagem. (...) Eu não sabia de nada sobre Finger, nem
a respeito de outras HQs ou artistas envolvidos nelas, então pensei que
só estavam trazendo outras pessoas para ajudar nessa área".

A partir daí, como agora está claro, foram feitas algumas modificações
nos originais de Nodell.

Discussões envolvendo Bill Finger, falecido em 1974, também acontecem
quando o assunto é Batman e Bob Kane, convencionado como o "pai" do Cavaleiro
das Trevas. Quanto a Nodell, é fácil encontrar na grande rede informações
de que apenas o visual do Lanterna Verde foi a sua contribuição na criação
do personagem.

Martin Nodell e sua esposa Carrie
O quadrinhista trabalhou na DC até 1947, e logo depois passou a
integrar a equipe da Timely Comics (atual Marvel), para
a qual desenhou aventuras do Capitão América, Namor, Tocha Humana original
e outros personagens clássicos da editora. Em 1950, Nodell abandonou os
quadrinhos.

Somente em 1987, depois de produzir várias ilustrações de Alan Scott para
a DC, o artista se tornou conhecido pelas novas gerações de leitores
e virou uma figura fácil de encontrar em convenções de quadrinhos como
convidado especial.

O editor da Gemstone Publishing, Tom Gordon III, definiu o que
os fãs de quadrinhos devem estar pensando sobre toda essa história de
revelações bombásticas e tesouros escondidos. "O fato desse pedaço da
Era de Ouro existir leva a especular sobre o que ainda há por aí, esperando
para ser (re)descoberto".

Não há como negar: até na vida real, os quadrinhos parecem realizar surpresas
que, com o perdão do trocadilho, não estão no gibi.

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