O
baiano Cedraz marcou mais um ponto importante em sua carreira. Desta vez,
no plano internacional. No dia 28 de fevereiro, sua biografia
foi inscrita na Comiclopedia, a maior fonte de referência em biografia
de artistas da Nona Arte do Mundo, tanto em número de acessos como em
abrangência geográfica.
Assim, internautas e estudiosos que queiram saber do autor da Turma do Xaxado vão ter uma primeira referência no idioma de maior difusão do mundo, o inglês, com os principais contornos de sua obra.

Pelo que o próprio Cedraz informou ao UHQ, nem ele sabia da inclusão, o que reforça a relevância da iniciativa. Os responsáveis da Comiclopedia, assim, mostram que seu interesse é de registrar os autores de quadrinhos de todo o mundo, baseado em critérios de qualidade artística e/ou importância no plano do número de obras publicadas e vendidas.

Por falar no Cedraz, se você ainda não leu os dois livros que ele lançou em dezembro, saiba que, como era de se esperar, tanto a segunda edição de Xaxado - Ano I como o novo Histórias do Saci estão à altura da trajetória do criador. Mas vale ressaltar que Histórias do Saci é uma grata surpresa, especialmente num país tão carente de instrumentos capazes de mexer na cabeça das crianças para valorizar o que é nosso, de forma alegre e inteligente.

E
o período, pelo menos no espaço virtual, anda bom para o capixaba Estevão
Ribeiro. Além da entrevista
concedida ao Zine Brasil, seu personagem, Tristão, acabou entrando
no International
Superheroes, o grande portal de super-heróis de todo mundo. No
dia 23 de fevereiro, foram incluídas novas fichas de super-heróis no site.
Além do clássico argentino El
Eternauta, o Tristão, personagem do Estevão, ganhou sua
ficha própria, e agora internautas de todo o mundo que já se acostumaram
a ter no site uma referência sobre os super-heróis vão poder ter uma primeira
aproximação com o trabalho do criador capixaba.
Além disso, no dia 28, novas inclusões também foram feitas, entre as quais os sérbios da Generacija Tesla, cujo nome faz homenagem ao maior físico de todos os tempos, e uma remissão interessante entre as novas fichas de super-heróis da Suécia: Maskerade Proggaren, o Hippie Mascarado, um personagem dos anos 70 que, muito antes de autores como Rudolph Bahro apontarem a falência ideológica de certas "esquerdas" na Europa, trazia com muita eficácia a caretice a falta de capacidade de pensar dos PCs europeus, usando super-poderes que lhe foram dados pelo próprio fantasma de Karl Mark.

Hoje, é muito fácil ter esta noção, mas criar um personagem com estas características, quando ninguém sequer falava no assunto, e da forma que foi feito, é simplesmente antológico.