Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Detalhes sobre Sandman: Noites Sem Fim

3 dezembro 2003

Sandman: Noites sem FimMenos de dois meses após seu lançamento nos Estados Unidos, onde a tiragem inicial foi de 100 mil exemplares, a Conrad Editora lança Sandman: Noites Sem Fim (formato 18 x 27 cm, 160 páginas, R$ 59,00).

Trata-se de um luxuoso álbum em quadrinhos que marca o retorno do premiadíssimo roteirista britânico Neil Gaiman ao universo de Sandman, título que escreveu de 1988 a 1996. A série fez um enorme sucesso com seus roteiros rebuscados, baseados em mitologia e literatura clássica. Gaiman criou uma rica mistura de fantasia em que ficção contemporânea, drama e magia estão totalmente integradas.

Sete anos depois do término de Sandman (segundo Gaiman, porque toda boa história deve ter começo, meio e fim), este álbum marca o retorno triunfal da mais importante série de quadrinhos adultos das duas últimas décadas. O álbum traz sete contos - um para cada membro dos Perpétuos (uma das formas como a família de Sandman é conhecida; as outras são "Eternos" ou "Sem Fim").

Imagens de Sandman: Noites sem FimNos Estados Unidos, Sandman: Noites Sem Fim foi lançado para comemorar os dez anos da Vertigo, o selo de títulos adultos da DC Comics. Para tornar a exaltação ainda maior, o álbum alcançou algo quase inusitado para uma história em quadrinhos: ficou na 20ª colocação da lista de best-sellers do New York Times. A obra mereceu elogios dos mais variados veículos de comunicação, por elevar as HQs ao patamar de literatura.

Os antigos fãs descobrirão pontos obscuros da mitologia de Sandman. Ao mesmo tempo, o álbum é uma excelente oportunidade para novos leitores conhecerem o universo onírico criado por Gaiman.

Em 2001, Neil Gaiman fez uma visita digna de pop star ao Brasil. Quase 1300 pessoas foram vê-lo na FNAC, em São Paulo. A fila dava voltas na calçada e a loja teve que fechar as portas antes do horário normal.

Para ilustrar esse álbum, foram convidados sete dos maiores talentos do quadrinho mundial:

P. Craig Russel é um veterano de 31 anos de quadrinhos. Seu trabalho vai de super-heróis (Batman, Dr. Estranho), à fantasia (Sandman, Elric) e às adaptações da literatura clássica e da ópera (A Flauta Mágica, O Anel dos Nibelungos). Atualmente, está adaptando (já faz 11 anos) The Complete Fairy Tales of Oscar Wilde. A história Morte e Veneza, deste álbum, é sua quarta colaboração com Neil Gaiman.

Miguelanxo Prado nasceu em 1958, na Galícia/Espanha. Começou a trabalhar com quadrinhos no início dos anos 1980, e continua pintando. Ilustra livros, colabora com a imprensa, faz direção artística para TV, criou os personagens do desenho animado Men in Black, e se envolve com qualquer projeto que tenha um apelo interessante e seja relativo ao mundo das imagens e da narrativa.

Milo Manara é um dos mais conhecidos ilustradores italianos. Foi o herdeiro perfeito de Hugo Pratt, que era seu amigo, mestre e, de certo modo, agente. Começou a ilustrar nos anos 70, nas revistas pulp para adultos. Logo se tornou um grande artista e ganhou elogios até mesmo do erudito e difícil de se agradar leitor italiano, ainda embasbacado com a revolução narrativa da Metal Hurlant - a revista francesa que trazia o trabalho de contemporâneos de Manara, como Moebius, Druillet e Caza.

A estréia de Manara foi desenhando as aventuras budistas de Lo Scimmiotto, escritas por Silvério Pisu. Impressionado pelo estilo de Moebius, ele trabalhou seu estilo e o melhorou para seu próximo trabalho, Alessio Borghese Rivoluzionario.

Embora o poder erótico e a ironia sexual do seu trabalho tenham feito dele um dos grandes artistas do mundo, as qualidades, muitas vezes esquecidas, de seus cenários fizeram de Manara um honesto repórter artístico de seu tempo, com uma literatura escapista e contos eróticos. Seus livros foram sucessos internacionais e incluem títulos como o Clic, os cartazes do filme de Fellini, L'Intervista, muitas histórias curtas de cunho político e satírico, e diversas tiras.

Barron Storey define-se como "um cara bacana, de boa família, que fez um monte de bons trabalhos e ensinou diversos bons estudantes, incluindo os pintores Kent Williams, George Pratt, John Van Fleet e Seth, entre outros". Ao longo do caminho, Barron descobriu que algo não estava certo com ele. Por isso, tem trabalhado para resolver isto a muitos anos, da única maneira que sabe: fazendo arte.

Miguelanxo PradoVencedor da medalha da Sociedade dos Ilustradores de Nova York de 1976, Barron lecionou em muitas universidades, incluindo a School of Visual Arts, na cidade de Nova York, e o Art College of Design. Ele trabalhou como ilustrador freelancer para diversos clientes, desde a United States Information Agency e a NASA, até a Heavy Metal e a editora Putnam. Como artista de exibições, já fez muitas exposições solo, em Nova York e Washington. Também atua no teatro e na música, e vive em São Francisco.

Glenn Fabry começou a desenhar em 1984, na série Sláine (escrita por Pat Mills), para a 2000 A. D., na Inglaterra. Em 1992, passou a pintar capas para Hellblazer e, depois, Preacher, ambos títulos da DC/Vertigo.

Bill Sienkiewicz causou um grande impacto na indústria dos quadrinhos com o uso inovador de colagem, técnicas de ilustração e narrativa. Já ganhou quase todos os principais prêmios nos Estados Unidos e no exterior e fez exibições de seu trabalho por todo o mundo. Entre seus melhores trabalhos estão as séries Elektra: Assassina, pela qual recebeu o prestigiado prêmio Yellow Kid, e a aclamada pela crítica Stray Toasters, que ele escreveu e ilustrou.

Sandman: Noites sem FimSienkiewicz foi indicado para dois prêmios Emmy pelo seu trabalho na série animação Where in the World is Carmen San Diego? Ele também trabalhou no filme Os Imperdoáveis. Atualmente, está trabalhando num projeto de Internet para os criadores de Matrix e numa minissérie do Batman.

Frank Quitely nasceu em Glasgow, em 1968. De 1988 a 2003, desenhou The Greens, Blackheart, Missionary Man, Shimura, Inaba, dez histórias curtas para a Paradox Press, dez histórias curtas para a Vertigo, Flex Mentallo, Visões de 2020, Batman: Operação Escócia, The Kingdom: Offspring, LJA: Terra 2, Os Invisíveis, Transmetropolitan, The Authority, Capitão América, New X-Men e, agora, Sandman.

Dave McKean já ilustrou diversos quadrinhos premiados, incluindo Asilo Arkham (escrito por Grant Morrison), Mr. Punch, Signal to Noise,Violent Cases (todos roteirizados por Neil Gaiman), Slow Chocolate Autopsy (texto de Ian Sinclair) e o seu próprio Cages. Sua coleção de histórias curtas Pictures that Tick ganhou recentemente o prêmio Victoria & Albert Museum Book of the Year, e seu último curta-metragem, N[eon] recebeu diversos prêmios no Claremont Ferrand Film Festival.

McKean ilustrou, fotografou e fez o design de mais de 150 capas de CDs e centenas de quadrinhos, incluindo toda a série Sandman. Ele trabalhou em projetos impressos e em filmes com John Cale, Stephen King, The Rolling Stones, Lars von Trier e SF Said; e criou campanhas publicitárias para a Kodak e Nike, entre outras. Dirige o selo de jazz Feral, com o grande saxofonista Iain Bellamy, e fez contribuições no design de produção do segundo e do terceiro filmes de Harry Potter.

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