Edição de janeiro da Vogue italiana terá capas ilustradas por Milo Manara e Yoshitaka Amano
A revista Vogue Itália, de janeiro, não terá fotos e será ilustrada apenas com desenhos. Segundo o editor Emanuele Farneti, essa atitude servirá para demonstrar o impacto ambiental da indústria da moda e faz parte de um projeto de sustentabilidade da revista em 26 países.
Essa será a primeira vez que a edição italiana da revista não utiliza fotos desde a invenção da fotografia e também a única sem capa fotografada.
São sete capas baseadas em modelos usando roupas da Gucci. Cassi Namoda pintou uma imagem inspirada em Ambar Cristal Zarzuela; Paolo Ventura desenhou a modelo Felice Nova Noordhoff; Yoshitaka Amano se baseou em Lindsey Wixson; Delphine Desane se inspirou em Assa Baradji; e Milo Manara desenhou a modelo Olivia Vinten. Outros artistas envolvidos são David Salle e Vanessa Beecroft (colaborando com Kanye West).
Todas as capas trarão uma inscrição explicado que a edição não se utilizou de sessões fotográficas em sua produção.
Farneti explicou que para realizar a edição de setembro de 2019, tradicionalmente a maior do ano, foram feitos 20 viagens de avião e aproximadamente uma dúzia de viagens de trem. A produção envolveu 150 pessoas, com 40 carros disponíveis. Foram feitas 60 entregas internacionais. A luz do prédio da editora ficou ligada ininterruptamente por dez horas, eventualmente usando geradores movidos a gasolina.
Ele também mencionou o plástico usado para embalar as roupas, as sobras dos serviços de refeições e o custo de eletricidade para o recarregamento de câmeras, celulares etc.
Em fevereiro, a revista voltará a usar fotografias. Outra novidade é que, em 2020, a Vogue Itália será a primeira publicação do grupo Condé Nast a utilizar embalagens plásticas 100% compostáveis.
A edição chegará nas bancas italianas no próximo dia 7 de janeiro.