Editora Desiderata lança antologia do Pasquim
O
Pasquim foi um dos maiores fenômenos editoriais da imprensa brasileira.
O Cruzeiro e Veja tinham atrás de si duas sólidas empresas
jornalísticas; O Pasquim, só um punhado de "porras-loucas".
Assumidamente panfletário e abusado (um folião no velório, livre como um táxi, equilibrado como um pingente, sempre em alta graças ao seu baixo nível- era com slogans desse teor que ele chegava às bancas todas as semanas).
Nasceu sob a suspeita de que duraria pouco tempo, menos até que os oito números que, alguns anos antes, sobrevivera a revista de humor Pif-Paf, criada por Millôr Fernandes e de certo modo o embrião do Pasquim (que logo perdeu o artigo definido).
Quando o jornal estourou, quem mais se surpreendeu com aquele imprevisto foram os seus próprios redatores e cartunistas. Mas já que os deuses, contrariando os militares, pareciam estar do lado deles, o jeito foi relaxar e aproveitar o sucesso até a última gota de uísque e o último rabo-de-saia.
O Pasquim - Antologia 1969 - 1971 (formato 30 x 22 cm, 352 páginas, R$ 69,00) é um lançamento da Editora Desiderata.