Editora Monstra estreia com quadrinho inédito de André Kitagawa
Uma nova editora de quadrinhos chega ao mercado neste final de ano. A Monstra é uma empreitada do Guilherme Lorandi (Loja Monstra), Guilherme Barata (loja As Baratas) e do quadrinhista Benson Chin.
As edições serão vendidas na Loja Monstra, claro, e em outras lojas especializadas parceiras. A ideia é iniciar distribuição também em redes livrarias em 2022, mas sem planos para entrar na Amazon. A editora surgiu a partir do desejos dos três em ver alguns quadrinhos que gostam sendo publicados no Brasil, mas a estreia acontecerá com um material inédito de autor brasileiro.
Risca Faca (formato 17 x 24 cm, 120 páginas, capa cartonada, R$ 49,90) é o primeiro álbum de André Kitagawa desde a publicação de Chapa Quente (2006).
O projeto foi contemplado pelo ProAC em 2019. A pré-venda começou exclusivamente no site da Loja Monstra, com autógrafo e sketch do autor direto na edição.
Na trama, Piru só quer saber de seu whey. Ryta, de seu passado glamoroso. Zoinha só quer se divertir. Jamorreu pensa em... Bem, essas são algumas das figuras que se entrecruzam na história que marca o retorno de André aos quadrinhos.
"Os personagens de Risca Faca têm fome. Mas não fome de comida. Fome de vida. Mas não só de vida. Têm fome de ajuste de contas também. Ajuste de contas com o passado. Com o passado e com o futuro. Porque Kitagawa também tem fome. Mas não de comida. De ajuste de contas", diz Marcello Quintanilha em texto da quarta capa da edição.
André Kitagawa (1973) estudou arquitetura na FAU USP, onde começou a criar seus primeiros quadrinhos. Trabalha em áreas diversas, como ilustração, design, filmes de animação e cenografia. Ao longo dos anos, criou diversas histórias para publicações como Cybercomix, Front, ConSeqüências (Espanha), Suda MeriK (Argentina), Graffiti, Torre David (Suíça), MSP +50, O Fabuloso Quadrinho Brasileiro de 2015, dentre outras. Foi vencedor do Salão Internacional de Piracicaba de 2000. Em 2003, recebeu o Troféu HQ Mix de Melhor Artista Revelação.
Em 2006 lançou Chapa Quente, coletânea de seis de suas histórias que foram adaptadas para o teatro por Mário Bortolotto e seu grupo Cemitério de Automóveis, estabelecendo uma parceria que rendeu diversas artes gráficas para peças e também a direção da versão on-line de Gravidade Zero (2021).
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